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O ente sionista “Israel” que não reconhece o “Outro” – Por Claude Fahd Hajjar


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A dupla mensagem, o imaginário de um Estado democrático e exemplar e as práticas de assassinato e de Apartheid fazem do ente sionista um Estado marginal.

P U B L I C I D A D E

Por Claude Fahd Hajjar, no Oriente Mídia

Em 15 de maio de 2021 temos os 73 anos da Nakba Palestina e logo da criação do ente sionista em terras Palestinas Ocupadas.

Como foram vividos estes 73 anos?

O que foi que a entidade sionista fez para cativar os palestinos nativos, com quem, dizia, querer conviver em paz, mas que em nenhum momento realizou este projeto de paz?

O ente sionista trabalhou durante 73 anos para seduzir populações inteiras da Europa, América Latina, Rússia, África e outros, para que imigrem para o Estado sionista e ocupem casas e terras de palestinos. Assim, este Estado marginal, aumentou a sua população de forma desordenada e facilitou, com um alto investimento de capital e dinheiro do Fundo Judaico, o estímulo à imigração e construção de assentamentos para colonos sionistas e desta forma contribuiu para inviabilizar um Estado Palestino com um corpo só e transitável através de estradas.

Criou bolsões de assentamento em todos os territórios palestinos, seja na Cisjordânia, Jerusalém Oriental ou Gaza.

O objetivo deste “ente sionista” é inviabilizar um Estado Palestino, obrigar a população palestina a imigrar ou a se tornar refugiada como eles vem fazendo desde a madrugada de 9 de abril de 1948 quando foi perpetrado o Massacre de Deir Yassin; e continuam com uma política de Aparthied onde submetem a população palestina a um tratamento inumano, com check point, muralhas de segregação e um tratamento tão humilhante e à menor rebeldia são conduzidos à detenção:

As prisões israelenses possuem milhares de jovens palestinos cujo crime foi se revoltar contra a ocupação de seu lar e de suas terras.

Dois pesos e duas medidas

Dentro dos territórios ocupados como Lod, Jennin, Haifa, Yafa, Jerusalém e outros, foram implantadas leis discriminatórias aonde o cidadão palestino pode viver mas não tem a proteção policial, está sujeito ao ataque dos colonos ocupantes que são portadores de armas legalizadas, condição negada ao cidadão árabe palestino que é o morador histórico daquelas cidades.

Estes policiais também trabalham com os serviços de inteligência do ente sionista e cerceiam todas as locomoções da população árabe palestina nativa.

Durante as festas religiosas os moradores árabes foram impedidos de entrar nas igrejas e nas mesquitas em Jerusalém e a circulação de ônibus e de automóveis foi impedida pelas polícias e forças da ocupação.

Sheikh Jarrah e a Mesquita Al Aqsa

Os moradores do bairro árabe de Sheikh Jarrah estavam sendo forçado a abandonar as suas casas para que colonos sionistas pudessem ocupá-las, e neste momento começou a resistência dos jovens palestinos que se negaram a sair de suas casas.

Somou-se a este fato o início do mês de Ramadã em 7/4/2021 e a população de Jerusalém e imediações começou a afluir à Mesquita Al Aqsa para as orações do mês sagrado de Ramadã e foi impedida pelas forças da ocupação, assim como foram impedidas as populações cristãs ortodoxas de entrar na Igreja do Santo Sepulcro na Páscoa Ortodoxa. Estes fatos foram os desencadeantes desta chamada terceira Intifada.

Um desafio e uma resistência que unificou toda a Palestina

 

A resistência dos jovens palestinos de Jerusalém, inspirou os chamados Palestinos de 1948, isto é, cidadãos árabe palestinos mas com cidadania israelense, que se somaram aos resistentes reclamando o seu direito de permanecer em seu lar no Bairro de Sheikh Jarrah e reclamando o seu direito de poder orar na Mesquita Al Aqsa; os palestinos de Nablus, Haifa, Lod e outros assim como os de Gaza se manifestaram e se somaram aos moradores palestinos de Jerusalém e começaram os protestos e manifestações pacíficas.

Colonos sionistas invadem a Mesquita Al Aqsa e desafiam os fiéis palestinos isso no início dos acontecimentos em 10/05/2021 começam os enfrentamentos e inúmeros palestinos foram presos e mais de 200 feridos. Foi quando precisaram responder aos ataques e às repressões e prisões perpetradas pelo regime sionista.

Um estado marginal que não acata as resoluções da ONU

O ente sionista foi criado para ser a polícia dos EUA no Oriente Médio, com quem mantém relações de privilégios, graças ao forte lobby sionista que o promovem nos EUA.

Este lobby sionista tem uma interferência e um papel fundante na estrutura do chamado Estado profundo dos EUA, e logo, saí governo e entra governo e o financiamento de campanhas dos presidenciáveis é quem vai dar o tom nas relações de política externa dos EUA e o seu protegido Estado sionista marginal (chamam isso de democracia).

Este lobby sionista tem acesso e manipula grande parte do capital internacional que se encontra nas corporações e na mídia da chamada “comunidade internacional” e que dá o tom quando o tema é defender o Estado de Israel.

Até quando a “Comunidade Internacional” vai fazer vista grossa aos crimes de Israel?

É assim que Israel deseja alcançar a paz?

Claude Fahd Hajjar*, Psicóloga, Psicanalista, pesquisadora de temas árabes, autora e editora do site Oriente mídia, Vice presidente de Fearab América.

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