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Número de adolescentes grávidas reduziu em mais de 30% em um ano


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O número de adolescentes grávidas reduziu mais de 30% entre 2017 e 2018 no Acre. Dados do Sistema Nacional de Nascidos Vivos do Ministério da Saúde (Sinasc) apontam que os números reduziram de 4.009 mil para 2.800 mil casos no período de avaliação.

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O levantamento mostrou ainda que o número de gravidez na adolescência vem reduzindo desde 2014, quando o estado registrou 4.642 mil casos. No ano anterior o número de casos era de 4.674 mil.

Uma equipe da Rede Amazônica Acre conversou com uma adolescente de 17 anos que espera o primeiro filho, uma menina que deve nascer até o final do mês. Ela casou aos 16 anos e decidiu ser mãe, mas a gravidez não está sendo fácil, é de risco e por pouco não perdeu o último ano do ensino médio.

“Às vezes saía para ir em algum lugar e não conseguia porque estava com dor, com enjoos. Não conseguia comer muita coisa por causa disso. É muito difícil”, contou.

Casos de gravidez na adolescente reduziram mais de 30% em um ano no Acre — Foto: Reprodução

Casos de gravidez na adolescente reduziram mais de 30% em um ano no Acre — Foto: Reprodução

A adolescente falou ainda que até se inscreveu no Enem, mas não conseguiu fazer as provas. Apesar das dificuldades, a garota conseguiu concluir o ensino médio, mas os planos de fazer uma faculdade tiveram que ser adiados.

“Faltava muito a escola por causa das dores. Foi difícil passar, mas consegui. Planos de uma faculdade foram adiados”, lamentou.

Programas

Para o técnico da divisão de Saúde do adolescente no Acre, Antônio Neto, o desenvolvimento de projetos e programas com envolvimento direto dos adolescentes contribuiu para a redução. O Programa Se liga Aí é um exemplo.

“O objetivo do programa é incentivar e fortalecer o adolescente e a adolescente, entre 10 e 19 anos, a acessar a UBS, ou seja, precisam entender que aquilo também é um espaço para o adolescente. O ‘Se Liga Aí’ não faz as coisas sozinho, contribui para essa redução. Temos ainda o projeto De Mãos Dadas com a Escola, que é da Educação e a Ufac, Mulher Cidadão que tem o apoio de várias secretarias.

O projeto foi criado em 2014 por Neto e implantado em Xapuri, interior do Acre, a priori como um piloto, mas atualmente está presente em 10 municípios com atividades em escolas do ensino médio e nas comunidades.

“A diferença é que o Se Liga Aí fica permanente, capacita os órgãos aplicadores que moram no território de saúde. Ficam lá durante todo ano promovendo ações de promoções e prevenção, não só sobre a gravidez na adolescente, mas sobre violência, drogas”, destacou.

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