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‘Não vejo caminho do futuro com a volta ao passado lulopetista’, afirma Ciro Gomes


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O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), em entrevista ao Jornal da CBN, descartou uma aliança com o ex-presidente Lula, mesmo agora que o petista teve as condenações na Lava-jato anuladas pelo ministro Edson Fachin. Com a decisão, Lula poderá ser candidato em 2022. Ciro comemorou o restabelecimento dos direitos políticos do ex-presidente, mas falou que, politicamente, isso abre chances para o acirramento da polarização, o que, na visão dele, não é o que o país precisa.

P U B L I C I D A D E

“O Brasil precisa, diante do problema grave que nós temos, construir um caminho de futuro. E, francamente, eu não vejo caminho do futuro ser construído com a volta ao passado ‘lulopetista’, envelhecido, desgastado, inconfiável, e pior: que faz a característica de fazer o outro lado se reunir também com base no ódio”, afirmou.

O ex-candidato a presidente avalia que o comportamento do que chama de “lulopetismo” é “parte central do problema”, ressaltando, no entanto, que não elimina a possibilidade de diálogo. Por outro lado, ele disse que não pensa em ligar para o ex-presidente Lula. Segundo Ciro Gomes, é preciso evitar um cenário como o de 2018.

“Politicamente, a ‘petezada’ está toda soltando foguete, abrindo champanhe, mas isso é uma coisa apressada. Precisamos deixar o tempo amadurecer isso, porque o Brasil precisa, penso eu, achar um caminho de pacificação. E tudo que nós não precisamos, penso eu, é reproduzir em 2022, de forma agravada, a violência política, o sectarismo, a radicalização e os ódios.”

Ainda em relação a 2022, o pedetista disse que aceita se reunir com todos os brasileiros, mas voltou a afirmar que “o Brasil não cabe na esquerda”, porque é um país muito mais complexo. Segundo ele, o tamanho da crise brasileira pede “muita humildade” e capacidade de dialogar.

O ex-candidato a presidente também criticou a Justiça, dizendo que, mais cedo ou mais tarde, as condenações seriam anuladas, mas ressaltou que Lula não foi declarado inocente:

“Do aspecto jurídico, basicamente, é uma confusão, infelizmente, característica do Judiciário brasileiro em relação a como tratar um juiz que abandonou a isenção, o equilíbrio, a equidistância das partes, que é o caso do Sergio Moro”.

Para Ciro Gomes, a decisão do ministro Edson Fachin beneficiou, além de Lula e o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro, o que, na visão dele, é “um desastre completo”.

“Bolsonaro está num momento desastrado. Sob o ponto de vista econômico, nunca houve coisa pior. Sob o ponto de vista da saúde pública, a irresponsabilidade é completa. O Brasil é um país muito lento na vacinação, e a nossa luta tem que ser por pressionar essa vacinação, e, de repente, ressuscita o espantalho do antipetismo para tentar mudar o foco de discutir emprego, salário, socorro emergencial, vacina, onde ele é um desastre, para discutir que ele é a saída para proteger o Brasil da volta do PT. Olha, isso é um desastre completo.

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