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Na Festa do Café em Cacoal, RO, viveirista conta sobre trabalho com café clonal


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Durante o final de semana em Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, aconteceu a 1ª Festa do Café na região. No evento, o produtor rural e viveirista Nivaldo Ferreira Laethe expôs, no estande da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), as mudas clonais produzidas por ele na propriedade rural da Estrada Figueira.

P U B L I C I D A D E

Hoje, Nivaldo conta com 14 clones de boa qualidade. Segundo o produtor, o segredo para o bom desempenho é pesquisar e definir o que se pretende obter com os clones.

Ao G1, Nivaldo disse que chegou em Cacoal em 2004 com objetivo de trabalhar como madeireiro. Mas, quando viu que os cafés da cidade estavam debilitados, teve a ideia de fazer uma produção do grão junto com um sobrinho. Acabaram obtendo sucesso no novo ofício.

“Eu já tinha mexido com semente do café. Mas, como viveirista, nunca tinha trabalhado antes com seminal, sempre com clones. Dessa forma, podemos trabalhar vários níveis da maturação, ou seja, ter um café seletivo sem a necessidade de colher grãos verdes. Assim, é possível colher cafés maduros durante seis, sete meses do ano, pois a qualidade do café se dá pela colheita madura”, orientou o viveirista.

Nivaldo conta hoje com oitro hectares de café.  (Foto: Magda Oliveira/G1)

Nivaldo conta hoje com oitro hectares de café. (Foto: Magda Oliveira/G1)

Nivaldo conta com uma média de oito hectares de cafés plantados. Segundo ele, atualmente, a produção é equivalente a nacional. No início, o objetivo era passar das 100 sacas por hectare, mas já consegue colher de 180 a 200. Além do café, o viveirista mexe com mudas.

“Tenho um viveiro onde seleciono essas plantas, faço testes desses clones, vejo tamanho de grão, maturação uniforme, etc. Isso é o que faz ter um café de mais qualidade, corrigindo o solo com análise e acompanhamento técnico”, contou Laethe.

O viveiro do Nivaldo tem 1,2 milhão de mudas plantadas, considerado por ele uma economia satisfatória. Apesar da experiência com o café clonal, o produtor sempre busca se aperfeiçoar. “Quando abrem cursos, procuro fazer. Às vezes, a gente aprende ensinando e ensina aprendendo. É uma troca de experiência”, destacou.

No passado, o produtor rural só plantava a partir de sementes, segundo o presidente da Emater local, Jozue Barboza da Silva. Porém, após o desenvolvimento da tecnilogia para clones, a realidade mudou.

“O clone é a própria hastes das plantas produtivas. Elas são selecionadas e colocadas em enraizadores para formarem novas mudas a partir de uma planta adulta produtiva. Então, é preciso estudar as características da planta, pois o que se tira dessa planta é o que ela apresenta na essência”, explicou Jozue.

O órgão orienta que os produtores estudem as plantas na lavoura e descubram quais são mais produtivas e mais resistentes a doenças e pragas. De acordo com o órgão, há uma série de fatores a serem observados. Tudo para escolher o clone que será produzido na lavoura.

“A diferença do café nascido da semente para o clonal é a seleção feita. Ou seja, se o produtor quer um café mais graúdo, menor, tardio, precoce. Então, é preciso definir o que se quer para depois produzir os clones”, orientou.

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