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Mortes motivadas por legítima defesa aumentaram no Acre, aponta dados da segurança pública


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Em meio aos números e casos assustadores de homicídios e diversos crimes ocorridos em Rio Branco e em todo o Acre, a secretaria de Estado de Segurança Pública apresentou nesta quarta-feira, 7, uma tabela com dados de assassinatos em queda, se comparados ao mesmo período do ano passado. O percentual de mortes, segundo a Diretoria de Inteligência, diminuiu em todos os comparativos feitos pelo órgão.

P U B L I C I D A D E

Uma contradição que vai de encontro ao recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – o Atlas da Violência, que colocou Rio Branco entre as 20 cidades mais violentas do Brasil. No comparativo realizado pela segurança pública do Acre, o número de homicídios ocorridos de 1º de janeiro a 7 de agosto em todo o estado teve uma redução de 36,5% neste ano.

Entretanto, o número de feminicídio, mortes por motivação fútil, homicídios por legítima defesa e ocasionados por rixa aumentaram significativamente no período de um ano. A tabela divulgada pela segurança pública aponta que em 2018 ocorreram três feminicídios, enquanto que em 2019 ocorreram quatro em todo o estado. Com relação à quantidade de morte por motivação fútil, o número também aumentou de oito para 17 em um ano no Acre. Mortes ocasionadas em legítima defesa subiram de duas para cinco em um ano e provocadas por rixa também, de zero para duas mortes em 2019.

O mesmo ocorre quando se fala só de Rio Branco. O gráfico atesta que dentre diversas modalidades de crimes, as que mais cresceram entre 2018 e 2019 na capital foram os homicídios ocasionados por motivo fútil e legítima defesa. A primeira subiu de três para quatro mortes e a segunda de zero para quatro este ano.

O gráfico divulgado mostra que em 2018 houve 274 homicídios neste período, enquanto que em 2019, foram registradas 174 mortes. Com relação aos homicídios registrados somente na capital, Rio Branco, a secretaria também assegura queda, uma vez que em 2018 ocorreram 157 mortes de 1º de janeiro a 7 de agosto e em 2019 esse número caiu para 113 (redução de 28, 03%).

No comparativo entre os meses de agosto nos dois anos, a segurança pública também registrou baixa no número de mortes. Do dia 1º a 7 de agosto, o estado apresenta uma média de 13 mortes em todo o Acre no ano de 2018 e apenas duas mortes neste período em 2019 (redução de 84, 62%). Se tratando apenas de Rio Branco, a secretaria registra sete mortes na primeira semana de agosto de 2018 e apenas duas mortes na mesma semana deste ano (redução de 71, 43%).

A Diretoria de Inteligência da polícia local também tabelou os comparativos de crimes letais entre 2018 e 2019. Em suma, mais uma vez apresenta diminuição nos assassinatos e motivações para crimes. Em todo o Acre, conforme o gráfico, a segurança pública garante que o número de execuções diminuiu, já que em 2018 mostra que houve 206 homicídios por execução e em 2019 apenas 109.

Ao comparar somete o mês de agosto nos dois anos, o estado também dissemina queda nos números. Em 2018, houve 13 execuções, enquanto que em 2019 apenas duas. Na capital, o dado é ainda menor, sete mortes em 2018 e duas em 2019.

O Secretário de Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar, já falou ao ac24horassobre o balanço e avaliou como positivo. “Esse movimento de roubo é derivado da descapitalização. Isso é natural quando eles sofrem algum baque como vem ocorrendo em face das operações que estamos realizando em parceria com o Gaeco e a Polícia Federal”. O gestor afirma que é preciso a junção de todos os órgãos e questionou as audiências de custódia.

Contradição

Numa análise entre 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes realizada em 2017, Rio Branco registrou 324 homicídios, alcançando uma taxa de 85,3 sendo uma das maiores médias entre as capitais brasileiras, superando o Rio de Janeiro e São Paulo.

Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Infopen) indicam que o Acre tem a segunda maior taxa de aprisionamento do país e que 45% da população presidiária são jovens.

Além disso, outro estudo recente, do relatório “Onde Mora a Impunidade?”, divulgado nessa segunda-feira, 5, pelo Instituto Sou da Paz, diz que a polícia do Acre só esclarece apenas 27% dos homicídios. Nos últimos quatro anos mais de 1600 pessoas foram mortas de forma violenta no Acre. De acordo com dados amplamente divulgados a maioria dos óbitos é ligado à guerra entre as facções Comando Vermelho contra o Bonde dos 13, em parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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