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Moradores denunciam demora no atendimento e falta de médicos em hospital no AC


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Moradores da Cidade de Tarauacá, no interior do Acre, reclamam de demora no atendimento no hospital Dr. Sansão Gomes. Além de alguns relatos de muitos que não conseguem consulta por não apresentarem quadro de urgência e emergência, outros esperam por horas e acabam buscando atendimento particular. Eles alegam também falta de médicos.

P U B L I C I D A D E

Raimundo Braga esteve no hospital na última de semana com a avó Maria da Conceição, de 94 anos, e desistiu de esperar depois de 5 horas sem receber o atendimento da idosa que estava com problemas no estômago.

“Levei minha avó e, pelo meu entendimento, ela teria que ser atendimento prioritário por causa da idade. Ela estava com um problema no estômago e chegamos por volta das 9h, pegamos a ficha, esperamos, deu meio dia e nada. Às 14 horas fomos embora e levei ela no particular”, contou.

Braga contou que tentaram informações e a resposta que tiveram é que a demora era por causa de um procedimento de intubação de uma paciente.

“E ficou por isso mesmo. Paguei R$ 100 [ na consulta] mais o medicamento. É triste e a gente não poder fazer nada, porque dependemos disso, e o ruim que não era só eu, tinha muitas pessoas. É recorrente e faz tempo isso, não é de agora”, lamentou.

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da gerência do Hospital Dr. Sansão Gomes de Tarauacá, informou em nota que sobre de falta de médicos e demora no atendimento, o hospital atualmente está recebendo toda a demanda de atendimento das unidades básicas de saúde do município, tendo que suprir a carência de atendimentos ambulatoriais da Atenção Básica. (Veja nota na íntegra abaixo)

“O Hospital Dr. Sansão Gomes executa a política de Classificação de Risco do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo seus atendimentos organizados por complexidade, urgência e emergência definidos por cores: vermelho (emergência para atendimento imediato); amarelo (emergência para atendimento o mais rápido possível); verde (prioridade não urgente); e azul (consultas de baixa complexidade – de acordo com o horário de chegada)”, diz.

G1 tentou ouvir a Secretaria Municipal de Saúde de Tarauacá, mas não obteve retorno até esta publicação.

Sem atendimento

O representante comercial Edson Freitas, de 41 anos, disse que no final do mês passado teve um desmaio durante uma partida de futebol, bateu a cabeça e foi levado ao hospital, mas também desistiu do atendimento, após mais de uma hora de espera.

“Deu um apagão e me levaram para o hospital. Chegando lá, os Bombeiros informaram o que tinha acontecido, me deram uma ficha de número sete, então eu seria o sétimo a ser atendido, mas passou o tempo e entrou um depois outro. E meu caso foi sério porque bati a cabeça. E a moça da recepção disse que a médica tinha saído lá para trás. Não sei dizer se ela foi atender outro paciente, e eu tinha um compromisso e tive que sair”, contou.

Freitas disse que procurou atendimento particular e constatou que teve uma fratura no nariz e lamenta a situação.

“Já ouvi dizer que falta apoio do governo. Tenho outros colegas que passaram pelo mesmo. Não foi só eu tem muitas outras pessoas e não foi uma nem duas vezes. Passou uns dois dias, senti umas tonturas, e fui no atendimento particular e deu fratura no nariz”, lamentou.

Veja nota na íntegra:

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da gerência do Hospital Dr. Sansão Gomes, de Tarauacá, acerca de falta de médicos e demora no atendimento, esclarece que o hospital atualmente está absorvendo toda a demanda de atendimento das unidades básicas de saúde do município, tendo que suprir a carência de atendimentos ambulatoriais da Atenção Básica.

Ainda, o Hospital Dr. Sansão Gomes executa a política de Classificação de Risco do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo seus atendimentos organizados por complexidade, urgência e emergência definidos por cores: vermelho (emergência para atendimento imediato); amarelo (emergência para atendimento o mais rápido possível); verde (prioridade não urgente); e azul (consultas de baixa complexidade – de acordo com o horário de chegada).

A gerência esclarece ainda que o hospital possui dois médicos, sendo um em regime de 12h e outro cumprindo escala de 24h. No mês de julho, a unidade realizou 339 atendimentos de classificação azul (que pode ser encaminhado à atenção básica), e no início de agosto 360 pessoas, para a mesma classificação, já passaram pela unidade.

Os pacientes em classificação azul são atendidos e encaminhados ao Município, conforme o protocolo de classificação de risco do SUS.

Laura Pontes – Gerente do Hospital Dr. Sansão Gomes

G1.globo.com

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