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Ministério Público Estadual denuncia médico por morte de recém-nascido em Juína


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O Ministério Público Estadual abriu inquérito investigativo para apuração da morte de um recém-nascido e denunciará um médico da cidade de Juína, no Mato Grosso.    

P U B L I C I D A D E

Em entrevista com o promotor de justiça civil, Marcelo Linhares, ressaltou que no ano de 2017/2018, um número anormal de óbitos de recém-nascido teve um índice assustador, e sempre envolvendo os mesmos profissionais médicos, fato que chamou atenção da promotoria.            

O promotor confirmou que foi movida uma ação contra o médico Fábio Adriano Coelho Gonçalves, isso porque a senhora G.A.P que deu entrada no Hospital Municipal “Hideo Sakuno” no dia 31 de julho de 2017, onde encontrava-se em trabalho de parto, sendo atendida pelo médico plantonista acima citado, segundo consta no relatório da paciente a mesma apresentava perda de líquido e sentia fortes dores ficando internada no hospital.        

O médico avisou a paciente que não poderia realizar seu parto pelo fato de não ter vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para que a criança pudesse ficar até se restabelecer do parto considerado prematuro.   

Segundo o promotor de justiça, o que chamou a atenção do MP foi o fato do médico mesmo sabendo que a criança necessitava de uma vaga na UTI, não se preocupou em fazer o pedido a médica da regulação.

“O médico quando percebe que o paciente necessita de um tratamento de uma UTI, o mesmo tem que lançar no sistema informatizado chamado regulação, onde se liga para um médico regulador e explica a situação de emergência, e a central de regulação faz o registro, conseguindo a vaga de UTI, e caso necessário pode se fazer o requerimento da vaga judicialmente, e que mesmo o médico detectando a necessidade da criança e da mãe precisar de uma vaga na UTI, o mesmo não solicitou a regulação para ambos”- pontuou o promotor de justiça Marcelo Linhares.        

O MPE informou a paciente deu entrada no hospital em uma segunda-feira e permaneceu perdendo liquido até no dia seguinte, onde foi realizada uma ultrassonografia paga pelos familiares. Ainda segundo o MP, a regulação só feita na sexta-feira pelo médico denunciado, após familiares da paciente correr até a DPU pedindo uma ação judicial para obrigar o estado a fornecer a UTI.

O estado confirmou que a regulação da paciente só aconteceu na sexta-feira perto das 13h.

“Isso para mim não é só negligência, isso transcende a negligência – é um dolo genérico, além do mais, o médico não pediu ultra-som e não lançou no sistema e a família teve que pagar do próprio bolso. Mais o ponto central é esse, a regulação aconteceu quatro dias depois que foi detectada a necessidade do atendimento” – disse o promotor.

Para o MP, o profissional não adotou as providências necessárias para garantir que o parto de G.A.P, fosse exitoso, o que teria dado causa à morte ao recém-nascido.

Devido ao descaso, a promotoria representou na esfera criminal, mas ao mesmo tempo promoveu ação de improbidade administrativa contra o médico para que ele não possa mais trabalhar no serviço público em lugar nenhum do País.

O Juína News não localizou o médico denunciado pela promotoria, mas a reportagem  abre espaço para eventual defesa sobre a denúncia do MP.

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