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Agronegócios

Milho terá quebra pela metade por cigarrinha e seca no Sul


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“O produtor que plantou para colher 250 sacas por hectare, vai colher 50, 60”, diz Abramilho

A quebra na safra de milho 2020/21 no estado de Santa Catarina deve chegar a quase 50%, aponta a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). Após uma estimativa inicial de produção de aproximadamente 2,7 milhões de toneladas, os produtores catarinenses devem colher, no máximo, 1,5 milhão de toneladas. 

“O produtor que plantou para colher 250 sacas por hectare, vai colher 50, 60”, diz Cesario Ramalho da Silva, presidente institucional da entidade. Os relatos de perdas chegam por informações colhidas pela Abramilho junto a produtores associados no estado de Santa Catarina.

P U B L I C I D A D E

De acordo com a entidade, as lavouras do cereal na região Sul do País estão uma vez mais sendo “amplamente castigadas pela seca, bem como pela praga da cigarrinha”. O inseto (Dalbulus maidis) é vetor de doenças por carregar vírus e bactérias que, ao contaminarem a planta, prejudicam o desenvolvimento, acarretando em má formação, menos espigas e consequentemente menor produtividade e quebra na produção.

Segundo estimativas, o estado de SC terá que importar cerca de cinco milhões de toneladas de milho para o abastecimento interno. “Isso também levará ao aumento nos custos de produção das agroindústrias”, alerta Silva. O problema afeta a cadeia de produção de proteína animal, principalmente suínos e frangos de corte, que são alimentados pelo grão do cereal sob a forma de ração animal.

O dirigente acentua, ainda, que muitos produtores venderam antecipadamente a safra e que, pelas perdas de produção, terão dificuldades para honrar os compromissos de entrega. “Diante do crítico cenário da temporada atual, muitos produtores de milho já manifestaram interesse em trocar de cultura no próximo ciclo”, concluiu.

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