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Melatonina ajudaria na prevenção do Alzheimer


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Há indícios de que essa substância, chamada de hormônio do sono tamanha sua importância para o descanso noturno, também protege a massa cinzenta.

Você provavelmente já ouviu falar da melatonina como o “hormônio do sono”. E faz sentido mesmo. Quando chega o fim do dia, a baixa da luminosidade faz com que a gente passe a produzir e liberar mais dessa substância – e isso prepara o nosso corpo para descansar. Embora esse seja o efeito mais conhecido da molécula, não é o único. A ciência já vinha demonstrando que ela parece ser uma boa guardiã do cérebro. Agora, pesquisadores da Universidade Deakin, na Austrália, puderam entender melhor como se dá essa ação protetora para o Alzheimer.

P U B L I C I D A D E

Para isso, eles deram melatonina a animais saudáveis e também àqueles com alterações genéticas características do Alzheimer por seis meses – o que corresponde à vida adulta das cobaias. A dose usada foi de 10 miligramas por quilo de peso corporal. “É um valor muito maior do que normalmente se utiliza em seres humanos”, avisa Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora brasileira e coautora da investigação. Isso porque a ideia era elucidar mecanismos de ação – e, assim, gerar informações para futuros estudos com gente de verdade.

De acordo com Bárbara, após o fim da intervenção, os dois grupos de cobaias apresentaram menos sintomas de ansiedade e melhor memória quando comparadas aos animais que não receberam o hormônio. “Em uma análise detalhada do tecido cerebral, percebemos que o tratamento com a melatonina se associava a um menor processo inflamatório e maior capacidade de eliminar proteínas que já não funcionam adequadamente no cérebro”, informa. “Isso é muito importante quando se trata de Alzheimer, já que uma das características da doença é o acúmulo de proteínas disfuncionais, que passam a causar dano cerebral”, completa.

Já posso investir na melatonina?

De olho nos indícios de que o hormônio auxiliaria na prevenção do Alzheimer, dá vontade de apostar na substância desde já, certo? Mas pode ter calma! Antes, é preciso realizar estudos de longo prazo com seres humanos para, assim, confirmar os achados do trabalho. “Ainda não temos todo o embasamento científico necessário para indicar a suplementação de melatonina como estratégia para reduzir o risco dessa doença”, afirma Bárbara.

Mas, se a suplementação é precipitada nesse momento, o que a gente pode fazer com toda a segurança é dar condições para o nosso organismo fabricar melatonina naturalmente. A pesquisadora brasileira da Universidade Deakin sugere, por exemplo, dormir em quarto escuro de verdade – para isso, tem que desligar até aquele pequeno ponto de luz dos equipamentos que estão em stand by. “Outra estratégia importante é reduzir a exposição à luz artificial à noite, incluindo a da televisão, do tablet e do celular”, ensina Bárbara.

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