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Mato Grosso

Mauro Mendes recua se Wellington vier a Governo e Fávaro deve concorrer


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O atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM/UB), ainda traumatizado pela derrota de 2010, quando foi vencido por Silval Barbosa, que na época se reelegeu governador do estado, pelo MDB, só quer disputar a reeleição se tiver a “certeza absoluta” que vai vencer, segundo informações colhidas pelo MINUTO MT.

P U B L I C I D A D E

Diante disso, já sinalizou a aliados que não colocará o nome para apreciação dos eleitores se o projeto eleitoral “Wellington Fagundes (PL) governador” seguir na crescente que está. Publicamente, o líder do PL insiste que buscará sua permanência no Senado Federal, mas está sendo encurralado nos bastidores.

A já anunciada migração partidária de Júlio Campos (DEM/UB), nome histórico do DEM, muito por conta da paciência esgotada com Mauro, deve posicionar de vez a família Campos, onde também inclui-se o senador Jayme Campos (UB/DEM), articulando um projeto forte de oposição no estado, não só a Mendes como ao AGRO, liderado pela família Maggi.

Diante disso, os veteranos irmãos devem entrar de vez na articulação liderada pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), para que Wellington seja convencido em buscar o Palácio Paiaguás, o que contará com o apoio aberto e ativo do presidente Jair Bolsonaro (PL), correligionário de Fagundes.

Caminho aberto para Fávaro

Neste contexto, Mauro ficaria “isolado” com o AGRO, que por sua vez também já começa a entender que o governador, desgastado, sobretudo no interior, enfrentaria grandes riscos nas urnas. Diante disso, surge como imediato o nome do senador, Carlos Fávaro (PSD), que em meio de mandato não teria nada a perder.

A saída definitiva de Fávaro do Senado Federal, inclusive, em caso de vitória, é algo que agrada e muito aos ouvidos do também ex-governador, Blairo Maggi (PP), que veria a aliada e companheira de partido, Margareth Gettert Busetti, atual primeira suplente, como a nova titular do nobre cargo.

Bolsonaro mandou recado

Voltando as articulações da oposição, de Brasília, Bolsonaro também já teria enviado recado direto que não medirá esforços para convencer seus apoiadores que precisa ter Wellington no comando do estado, até porque não confia em Mauro, que já se aliou até a governadores do PT e PCdoB para tentar responsabilizar o presidente pelas mortes na pandemia.

Caso Fagundes seja convencido, Emanuel e a deputada estadual, Janaína Riva (MDB), nora de Fagundes, devem somar forças suficientes para convencer Carlos Bezerra (MDB) e garantir o MDB, partido com o maior número de filiados no estado, também totalmente dentro do projeto.

Outro que deve ganhar, caso todo o cenário se solidifique, é o atual deputado federal, José Medeiros (PODEMOS), que deve migrar, em breve, para o PL e ganharia espaço aberto para garantir seu projeto ao Senado Federal, com o cobiçado apoio de Bolsonaro, de quem é vice-líder no Congresso Nacional e nutre relação pessoal.

Desmembramentos

Fávaro, por sua vez, poderia fechar chapa majoritária com Neri Geller (PP), que segue com os olhos brilhando pelo Senado Federal. No espaço de vice-governador, o líder do PSD tem tudo para procurar um nome no sul do estado, alguém que deve ter as “bençãos” do prefeito Zé do Pátio (SD), de Rondonópolis.

Do ponto de vista prático, Fávaro teria condições, com a ajuda de Pátio, de buscar apoio dos servidores públicos, já que a classe trabalhadora hoje em dia não quer nem ouvir falar no nome de Mauro Mendes. Do outro lado, o próprio Wellington e Emanuel seriam os mais indicados a fazer a ponte com o funcionalismo, em busca de fortalecer o projeto oposicionista.

Quanto à esquerda, é provável que PT e cia apoiem uma terceira via em um primeiro turno e num eventual e provável segundo turno escolham entre Fávaro ou Wellington.

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