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Mato Grosso é responsável por 29% do desmatamento


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Boletim do Instituto Imazon referente ao mês de maio deste ano mostra que Mato Grosso foi responsável por 29% do desmatamento, na Amazônia Legal. Em maio passado, uma área de 183 quilômetros quadrados (km2) localizada na região foi derrubada no Estado. Em todo a Amazônia, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 634 quilômetros quadrados de derrubada de floresta no mesmo período.

P U B L I C I D A D E

A maior área foi registrada no Pará (48%), onde 307km2 foram destruídos. Segundo o boletim, a fração de desflorestamento entre 1 e 10 hectares foi de 1% do total detectado (3 quilômetros quadrados). Considerando somente os alertas a partir de 10 hectares, houve aumento de 73% em relação a maio de 2017, quando o desmatamento somou 365 quilômetros quadrados. O Imazon é uma associação sem fins lucrativos e qualificada pelo Ministério da Justiça do Brasil como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

Em maio de 2018, além de Mato Grosso e do Pará, o desmatamento ocorreu no Amazonas (15%), Rondônia (7%) e no Acre (1%). Do Estado, três municípios aparecem no ranking dos 10 considerados críticos, sendo eles, Colniza, que ocupa a 3ª colocação, Aripuanã, em 7º, e Apiacás, no 9º lugar. Os dois primeiros são Altamira (PA) e Novo Progresso (PA).

Já as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 130 quilômetros quadrados no mesmo mês deste ano. Em maio de 2017, a degradação florestal detectada foi de apenas 1 quilômetro quadrado. Além disso, no último período analisado deste ano, a degradação foi detectada somente no Pará.

O boletim mostra ainda que, no geral, a maioria (56%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em unidades de conservação (30%), assentamentos de reforma agrária (13%) e terras indígenas (1%). Entre as unidades protegidas, aparece a reserva extrativista Guariba-Roosevelt (Resex), localizada entre os municípios de Aripuanã e Colniza, no noroeste de Mato Grosso. Por lá, o desmatamento atingiu 8km2.

Há uma semana, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Força Nacional iniciaram uma operação conjunta para coibir o desmatamento ilegal da Amazônia.

“Essa parceria com o Ibama em Mato Grosso não ocorria há cinco anos. Queremos estancar o desmatamento no estado. É um aviso aos desmatadores. Mato Grosso não compactua com a ilegalidade”, disse o secretário de Meio Ambiente, André Baby, na ocasião do lançamento dos trabalhos.

CUIABÁ – Uma ação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) descobriu um loteamento clandestino, em uma área de preservação permanente (APP), no bairro Santa Cruz II, em Cuiabá. O trabalho resultou em duas pessoas presas e na apreensão de contratos de compra e venda de lotes, estacas e veículos utilizados no desmatamento da área.

O suspeito, J.C.F.A., 56 anos, que alegou ser possuidor da área, e A.G., 49, flagrado com uma motosserra, foram autuados em flagrante por crime ambiental. O trabalho iniciou após a equipe da Dema tomar conhecimento sobre uma área, próxima ao bairro Santa Cruz II, onde estaria ocorrendo grande desmate da floresta, com uso de máquinas e motosserras. Ainda segundo as informações, na área havia um loteamento clandestino.

Em diligências no local, os policiais civis da Dema constataram inúmeros loteamentos cercados e identificados com o nome dos proprietários, alguns com placas de venda e com benfeitorias, além da derrubada da mata com uso de máquinas (como pá carregadeira) e motosserras.

Os suspeitos foram conduzidos à delegacia, onde foram interrogados. J.C. foi autuado pelos crimes de loteamento clandestino e desmatamento em área de domínio público e A.G. por desmatamento e uso de motosserra sem licença.

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