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Mais de 50 militares recebem treinamentos de combate às queimadas no Sul do AM


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Cinquenta e dois militares do Exército Brasileiro participam, no Amazonas, de um curso com instruções teóricas e práticas para o combate às queimadas no Sul do Estado. As aulas, ministradas pelo Corpo de Bombeiros, acontecem no município de Humaitá, localizado a 590 km de Manaus.

P U B L I C I D A D E

Durante o treinamento, os militares terão aulas de introdução ao incêndio florestal, materiais de combate, técnicas e táticas de combate, primeiros socorros, noções de orientação, e instruções por meio de simuladores.

Na última semana, 475 novos focos de queimadas foram identificados no estado, segundo dados da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em apenas seis dias.

No Amazonas, o mês de agosto apresentou um salto no número de casos, com mais de 5.300 focos de calor identificados somente nos primeiros 19 dias – índice três vezes maior que o registrado de janeiro a julho. Neste ano, 7.625 focos foram registrados em todo o estado.

Militares fazem curso com bombeiros para atuar no Sul do Amazonas — Foto: Divulgação/Bombeiros

Militares fazem curso com bombeiros para atuar no Sul do Amazonas — Foto: Divulgação/Bombeiros

Situação de emergência

Ainda no dia 2 deste mês, o Governo decretou situação de emergênciano Sul do Estado e na Região Metropolitana de Manaus. A cidade de Apuí lidera o ranking das cidades com maior quantidade de focos entre janeiro e julho, com 673 registros. Em seguida estão as cidades de Novo Aripuanã, Lábrea e Manicoré – todas no Sul do Amazonas.

Segundo o Sema, 43% das ocorrências identificadas aconteceram em áreas federais e cerca de 1% em unidades de conservação estaduais, geridas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

No Amazonas, os dados das queimadas são obtidos por meio de um trabalho conjunto entre Sema, Ipaam, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas (CBMAM), Defesa Civil do Amazonas, Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e demais forças de segurança estaduais e federais.

Pedido de apoio federal

O Governo criou um gabinete de crise e solicitou o apoio das Forças Armadas para o enfrentamento às queimadas. Outros nove estados também pediram o auxílio, logo após um decreto presidencial que autorizou o uso das equipes.

Ao enviar o pedido ao Presidente da República, o governador Wilson Lima afirmou que “o Amazonas não é capaz de reverter sozinho a insistente prevalência do aumento dos focos de calor projetados para os próximos meses”.

No mesmo dia, o último domingo (25), o Comando Militar da Amazônia deu início à operação Verde Brasil. Os trabalhos estão distribuídos entre duas Forças-tarefas: uma voltada para Rondônia e Acre e outra para o Sul do Amazonas.

Segundo o departamento de comunicação do CMA, todas as atenções estão voltadas, no momento, para Rondônia, que sofre com os principais focos de incêndio na região amazônica. No Sul do Amazonas, onde é concentrada a maior porcentagem de queimadas, as ações devem acontecer no decorrer da semana.

A expectativa é que os militares atuem nas cidades de Humaitá, Apuí, Lábrea e Boca do Acre. Serão duas bases, a princípio, em Humaitá e Apuí. Há possibilidade de outra base ser instalada em Boca do Acre. A área de atuação compreende uma área de 22.059,25 km², segundo assessoria do governo do Amazonas.

Brigadas Florestais

O CBMAM vem intensificando a formação de brigadas florestais no Amazonas e, no período de janeiro/2017 a agosto/2019, já capacitou mais de 570 brigadistas, entre servidores públicos e voluntários dos municípios atendidos, com a previsão de novos 150 brigadistas ainda para este ano.

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