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Direto de Brasília

Maggi confirma PP com Bolsonaro, mas defende 3ª via e rejeita Moro


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Com a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, lideranças políticas de Mato Grosso já começam discutir possibilidades de coligações para a disputa de 2022 num cenário em que partidos da base governista no Congresso sinalizam estar em lados opostos na disputa pelas mesmas vagas no Estado. É este o caso do PP e a única cadeira de senador hoje ocupada por Wellington Fagundes (PL), candidato natural à reeleição, mas também cobiçada por Neri Geller (PP).

P U B L I C I D A D E

Nesse cenário, o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), com forte influência no partido e a experiência de ter sido governador e senador, garante que a legenda vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, ele reconhece que o senador Wellington Fagundes também sai fortalecido com a filiação do presidente ao PL.

Isso significa que, se de fato, Geller e Fagundes oficializarem suas candidaturas ao Senado, o presidente ficará numa “sinuca de bico” entre dois candidatos adversários entre si na disputa pela mesma vaga, mas ambos defensores de seu projeto de reeleição. Jair Bolsonaro se filiou ao PL em evento realizado no dia 30 de novembro, em Brasília.

“Não tenho nenhuma dúvida nenhuma de que o partido vai apoiar o Bolsonaro, porque temos vários ministérios, o chefe da Casa Civil é presidente do nosso partido está com o presidente Bolsonaro. Não vejo como não estar apoiando. Agora, se o PP vai levar todo mundo para o palanque do Bolsonaro, é outra cosia, é diferente”, comentou Blairo Maggi sobre a situação do PP nas eleições presidenciais.

Para o ex-senador, as conjuntaras estaduais muitas vezes acabam “indo de encontro” com a nacional. “E isso o PP e outros partidos têm respeitado muito nos últimos anos. Tem até uma coligação oficial, estamos apoiando tem tempo de TV e etc, mas nos Estados as lideranças têm tido autonomia para apoiar”, acrescenta Maggi.

BOLSONARO OU LULA?

Blairo Maggi, que além de político é também empresário atuante em diferentes setores, principalmente o agronegócio, foi questionado por jornalistas sobre sua opção num eventual segundo turno presidencial entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele se esquivou e disse ser defensor de uma terceira via, sem sinalizar preferência pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que se filiou ao Podemos e vem se colocado como pré-candidato à Presidência.

“Sou partidário de uma terceira via para sair dessa polarização que se encontramos. Não acho isso salutar pelo Brasil. Hoje se você se posicionar contra o Bolsonaro você vira petista, se você fizer do outro lado, vira Bolsonaro. Não dá nem para discutir mais, não está dando nem para emitir opinião mais na política, você vai pra parede de qualquer maneira. Então, se nós tivéssemos uma terceira via forte, com oportunidade de discutir e disputar seria muito bom, daria uma distensão na política brasileira”, respondeu Maggi.

MORO NÃO

O ex-governador Blairo Maggi nunca se esquivou de criticar e rechaçar a estratégia de membros do Poder Judiciário se usam a magistratura como “trampolim” para virar políticos se valendo da atuação em casos de repercussão para depois buscar mandatos eletivos. Com Sérgio Moro, ex-juiz federal que atuou em diversos processos criminais da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula e políticos aliados, Maggi se posicionou da mesma forma. “Acho que isso está comprovado, essas suspeitas que a gente tinha de que as pessoas usam seu poder no Judiciário para fazer política. Não convém nem discutir mais, pois está mais do que provado, aqui no Estado e outros lugares também”, comentou.

“Eu não conheço o ministro Moro pessoalmente, nunca estive com ele, tenho respeito pelo trabalho que ele fez. Agora, acho que o Brasil e todas as áreas da administração deveriam ter mais cuidado ao escolher seus candidatos e quem nós como população, vamos escolher como presidente”, acrescentou Blairo Maggi.

Ele garante que a crítica ao ex-ministro da Justiça não é pessoal, mas sim quanto à capacidade de ser gestor, de governar uma nação. “Minha crítica não é na pessoa, mas é se ele está capacitado ou não de desenvolver um negócio. A gente olhar aqui para Mato Grosso mesmo o que vem acontecendo, um governador que tem conhecimento de administração, que sabe fazer, que as pessoas confiam, como é diferente”, amenizou.

Com sua experiência de governador por dois mandatos, senador, ex-ministro e empresário, Blairo Maggi disse eu a classe política tem deixado a desejar. “O que tem que ser feito no País é diálogo, conversa, deixar de olhar para o retrovisor, olhar pra frente, planejamento, sequência, resiliência, ter uma política de longo prazo e fazer com que todo mundo siga e sabe onde que vai dar, confiar. Que nós possamos confiar naquele mandatário, que o que ele está dizendo hoje vai acontecer lá na frente. Isso, infelizmente nós não temos hoje e traz toda essa preocupação e problemas que temos na economia e na política brasileira”.

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