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Mãe: “Estou com o coração dilacerado; sofrimento é inexplicável”


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A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente de 14 anos morta com um tiro acidental no condomínio Alphaville, em Cuiabá, afirmou nesta terça-feira (21) que está com “coração dilacerado”.

P U B L I C I D A D E

A declaração foi dada após o depoimento de mais de três horas que ela prestou ao delegado Wagner Bassi, titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).

A adolescente Isabele Guimarães Ramos foi morta após uma amiga – também de 14 anos – atingi-la com um disparo acidental, no dia 12 de julho.

Estou com o coração dilacerado. Se pudesse, me esconderia nesse momento e ficaria sozinha. A gente está vivendo um dia de cada vez

“Estou com o coração dilacerado. Se pudesse, me esconderia nesse momento e ficaria sozinha. A gente está vivendo um dia de cada vez, e é um sofrimento inexplicável”, disse a mãe.

“Mas estou aqui para contribuir com o trabalho da Polícia, para relatar as coisas que aconteceram no meu ponto de vista, sob o meu ângulo. O que espero é Justiça”, completou.

A empresária evitou dar detalhes do que ocorreu no dia da tragédia, por se tratar de uma investigação que corre em sigilo. No entanto, informou que chegou a ligar para filha, minutos antes da morte, pedindo que ela voltasse para casa.

“Às 20h43 tem um registro no meu telefone. Pedi para ela voltar para casa. Ela me disse que estava jantando e assim que terminasse iria voltar”, disse a mãe. A morte de Isabele ocorreu por volta das 21h.

Para a mãe, as dúvidas que pairam sobre o caso poderão ser sanadas após uma reconstituição do crime.

“A Polícia está conduzindo a investigação. O que sei é que minha filha foi morta. Agora, como isso aconteceu, o porquê disso, eu estou esperando o trabalho da Polícia”, afirmou.

“Ninguém me procurou”

Questionada se o empresário Marcelo Cestari – pai da adolescente que realizou o disparo – a havia procurado para dar explicações ou até um pedido de desculpas, a empresária contou que ninguém da família entrou em contato.

“Não, ninguém me procurou. Nenhuma explicação, não teve um pedido de desculpa. E eu só estou aguardando as investigações da Polícia”, afirmou.

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