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Luto: Conheça um pouco da história de Dom Moacyr Grechi como religioso e ativista social


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DOM MOACYR GRECHI dedicou 70 anos de sua vida a pregar o evangelho e a fazer o bem, seus últimos 21 anos foram em Rondônia,  e agora ele vai para a plenitude da alegria e da eternidade junto com aos anjos e santos.
DOM MOACYR, alem de pregar a paz, ele também foi um ferrenho defensor da ética e da moralidade, fez combate a corrupção no Acre e em Rondônia. 
Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes, que conheceu pela atuação nas Comunidades Eclesiais de Base.
Fez denúncias que colocaram na cadeia, um dos maiores criminosos do Acre: Hildebrando Pascoal, que permanece preso até hoje.
Em setembro de 2011 o Ministério Público Federal em Rondônia abriu um inquérito Civil Público para averiguar ocorrências de atentados a Direitos Fundamentais do arcebispo Dom Moacyr Grechi. O arcebispo vinha recebendo ameaças de morte por causa de sua atuação na Comissão de Justiça e Paz junto aos movimentos sociais. Dom Moacir registrou queixa na Delegacia de Polícia Civil e um suspeito pelas ameaças foi preso.
Certa vez, ao ser perguntado se já havia recebido ameaça de morte, ele respondeu: “Fui ameaçado de morte várias vezes. Certa vez, um cidadão chamado João Sorbile pegou uma terra de três mil hectares, que era dos índios, e passou para 300 mil, com a conivência do Cartório de Boca do Acre, no Amazonas, e a vendeu para colonos do Paraná. Quando os índios voltaram para a terra – porque eles mudam de área de acordo com o período do ano, em busca de caça –, os colonos descobriram que a terra não era deles e foram expulsos.
 
Certa vez, esse João Sorbile me ameaçou e disse para o governador do Acre que iria me matar. O governador disse para eu sair do Acre por um tempo, mas eu fiquei, porque achava que era corajoso. Um dia, quando estava numa estrada na cidade de Boca do Acre, encontrei um carro estacionado e vi que era de João Sorbile. Senti um frio da cabeça aos pés, entrei no Jipe, fui embora, e vi que, como todo mundo, tenho medo da morte.”
 
Dom Moacyr acompanhou de perto os problemas do maior e mais perigoso presidio do estado de Rondônia, URSO BRANCO, inclusive no dia da maior matança daquela unidade prisional, Dom Moacyr entrou junto com a policia militar e presenciou toda a barbárie daqueles dias que duraram a rebelião e deixou quase 30 mortos.
Em 2001 Dom Moacyr sofreu um grave acidente automobilístico, e logo em seguida surgiram várias versões dando conta de um possível atentado contra a vida do arcebispo, mas nenhuma foi confirmada. Dom Moacir Grechi teve oito costelas quebradas, perfuração no pulmão, tórax, parte frontal da cabeça, após uma colisão entre o veículo Gol na BR-364, com uma camionete Toyota.
Como o caso era grave e sua vida estava em risco, um avião equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI no ar – foi deslocado de Brasília para transportar o arcebispo até Porto Velho, onde foi levado ao Hospital de Base.
O velório está acontecendo na Catedral do Sagrado Coração de Jesus e o sepultamento vai acontecer amanhã, quarta-feira, as 09 horas no mesmo local.
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