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Laudo aponta que verdureiro atropelado por médica estava embriagado e carro trafegava a 30 km/h


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O laudo pericial sobre a morte do verdureiro Francisco Lucio Maia, 48 anos, ocorrido na noite do dia 14 de abril, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, aponta que a vítima estava embriagada no momento do ocorrido. Ao todo, o homem estava com concentração de álcool quatro vezes acima do limite máximo permitido por lei. Em outro laudo, apresentado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), é apontado que a velocidade do Jeep Compass, dirigido pela dermatologista, estaria a 30 km/h.

P U B L I C I D A D E

A análise do sangue do verdureiro foi feito por cromatografia em fase gasosa e a de urina pela técnica de imunoensaio quimioluminescente competitivo semi-quantitativo.
 
No sangue, a perícia verificou a presença de etanol (álcool) no material na concentração de 25,54 dg/l. Conforme a Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), este valor é quatro vezes acima que o limite máxima permitido pela Lei, que é de 6 dg/L.
 
No laudo, o perito explica que a ingestão de álcool resulta numa condição de intoxicação conhecida por embriaguez. “Esta condição caracteriza-se por sedação; alivio da ansiedade; fala arrastada; distúrbios de marcha e ataxia; comprometimento da função motora; torpor e emese; apatia; sudorese; loquacidade; hipotermia; sialorréia, delírio; alucinação; alteração da acuidade visual; hipotensão e choque. Classificado como uma droga sedativo-hipnótica, o álcool é um agente depressor do SNC, e em concentrações sanguíneas elevadas, provoca coma, depressão respiratória e morte”.
 
“O etanol possui toxicidade direta e seu consumo crônico afeta diversos órgãos vitais,
estando associado a um risco aumentado de mortalidade”, completa o documento.
 
Velocidade
 
O laudo, que refere-se ao exame realizado no local do acidente e no veículo conduzido pela médica Letícia Bertolini, ainda aponta que o verdureiro estava há menos de um metro de concluir a travesia da via, tendo com o impacto do veículo tido seu corpo arremessado há cerca de 2,73 mts de distância.
 
“O documento também confirma o envolvimento do Jeep Compass conduzido por  Letícia Bertolini no acidente e aponta todavia, paradoxalmente, que referido veículo estaria em velocidade estimada de cerca de 30 km/h, quando do acidente”, explicou o delegado titular da Deletran, Christian Cabral.
 
O delegado ainda explicou que “as investigações aguardam a conclusão do Laudo que analisa as imagens coletadas durantes as investigações que podem confirmar se, de fato, era a médica Letícia Bertolini quem estava conduzindo o veículo, na ocasião do acidente, bem como a velocidade efetiva que o veículo desempenhava na oportunidade”.

O caso

Um homem de 48 anos identificado como Francisco Lucio Maia, morreu na noite do dia 14 de abril, após ser atropelado pela médica Letícia Bortolini, 35, na Avenida Miguel Sutil, região do bairro Cidade Verde, em Cuiabá. Letícia estava em um Jeep Compass, com o marido, e ambos fugiram sem prestar socorro à vítima. Na mesma noite, ela acabou sendo presa e encaminhada ao Cisc Planalto, mas acabou sendo solta.
 
A família do verdureiro se manifestou diversas vezes, indignados com o caso. Durante o depoimento do marido de Letícia, as filhas de Francisco confrontaram a ele e à sua defesa. A médica se recusou a prestar depoimento e afirmou que falará sobre o caso somente à Justiça.

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