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Laboratório Móvel dará suporte para análise da qualidade da água para consumo humano em Rondônia


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Foi assinado esta semana um termo de cooperação entre a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) com a finalidade de realizar a análise da qualidade da água para consumo humano nos municípios de Rondônia.

P U B L I C I D A D E

Segundo a diretora geral da Agevisa, Ana Flora Camargo Gerhardt, a Funasa envia o Laboratório Móvel com todo material de coleta de água para cada Regional de Saúde dando suporte ao trabalho, seguindo um cronograma para atender às áreas onde estão instaladas as Regionais.

“São municípios atendidos por determinada Regional que irão levar a quantidade de amostras de água, que varia de acordo com número populacional de cada cidade. O período de realização do trabalho pode ser prorrogável, e a proposta é identificar a qualidade da água e evitar que a população seja vítima de contaminação pelo consumo de água não apropriada”, explica Ana Flora.

O gerente de Vigilância em Saúde Ambiental, Cesariano Júnior Lima Aprígio, diz que a ação abre um leque para que as equipes possam orientar às comunidades e às prefeituras, detectando algumas situações sobre a qualidade da água. “Às vezes já vamos com informações do que já temos avaliados no nosso sistema, com uma ideia de quantas amostras serão trabalhadas e a prioridade de cada município, baseado no que já foi levantado pela equipe da Agevisa anteriormente”.

O Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua) já capacitou os 52 municípios com relação às atividades. “Isso consiste em cadastrar as formas de abastecimento da cidade, se é água da Caerd ou poço, monitorando e diagnosticando a necessidade de cada município, inclusive com o plano de amostragem, que determinada o quantitativo de amostras que devem ser feitos por ano. Como temos a dificuldade da distância, já que nosso laboratório de referência é o Lacen em Porto Velho, essa parceria com a Funasa vai alavancar no cumprimento dessas análises”, completa o coordenador estadual do Vigiágua, Paulo Sérgio Tavares da Silva.

Outro momento em que o Laboratório Móvel poderá ser utilizado é caso de enchentes. “Trabalhamos muito em 2014 em Jaci Paraná, em Buritis, atendendo a esses casos de enchentes que afetaram a população desses locais, e com essa ação o trabalho que já vínhamos realizando é oficializado de maneira muito mais eficiente”, considera o coordenador.

“Não trabalhamos com a área curativa, mas com a prevenção, reduzindo inúmeros casos de problemas de saúde”, enfatiza Ana Flora.

Segundo Paulo Sérgio, “o maior do problema que temos no estado atualmente é com água não tratada, que é de poço de fundo de quintal. Já capacitamos e orientamos nossos técnicos sobre a cloração por difusão, que é um método indicado no manual de saneamento da Funasa, onde uma mistura de areia com cloro acondicionada em uma garrafa pet, criando um paliativo que clora a água do poço por 15 ou 20 dias. Mas já conseguimos expandir a rede de tratamento e abastecimento em locais em que a água apresentou contaminação constante”, revela.

Através do trabalho de análise de amostragem, detectando em unidades de saúde durante todo o ano diagnósticos de diarreia, febre tifoide, e hepatite A, Paulo Sérgio afirma que foi possível convencer para a expansão da rede para a comunidade que passava por esses problemas rotineiramente.

Ana Flora e os técnicos da Agevisa explicam o processo

“Um exemplo bem claro aconteceu em Extrema e Nova Califórnia, região de contaminação e surtos de hepatite A constantes. O perfil litológico, o solo da região, tem uma camada de rocha sedimentar e uma de rocha ígnea (dura), então não havia como as propriedade químicas da terra eliminarem a contaminação das fezes. Nós conseguimos através desse trabalho, com envolvimento do Ministério Público do Estado, do CPRM, e todos os órgãos interessados, convencer aos responsáveis a fazer a captação de água do Rio Abunã, a 58 quilômetros, e hoje a região tem água tratada de qualidade”, conta o coordenador.

CRONOGRAMA

As análises físico-químicas e microbiológicas seguirão o cronograma começando pela Regional de Ariquemes, em março. Em Ji-Paraná e região acontecerá em maio. Para a Regional de Rolim de Moura a previsão do cronograma é julho. Em Cacoal e Vilhena as Regionais realizarão o trabalho em setembro. A emissão de relatórios técnicos de cada missão realizada acontecerá em abril, junho, agosto e setembro. A avaliação das atividades anuais finalizadas será em dezembro.

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