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Justiça determina que suspeito de matar ex-mulher a pauladas em RO continue preso


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Foi mantida a prisão de Ueliton Aparecido, suspeito de ter assassinado a pauladas a ex-mulher, a professora Joselita Félix, de 47 anos, no último fim de semana. A decisão foi tomada durante uma audiência de custódia nesta terça-feira (19), no Fórum Criminal da Comarca de Porto Velho.

P U B L I C I D A D E

Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), Ueliton passou pela custódia por ter sido “preso novamente em flagrante” pela morte da educadora.

G1 ainda aguarda mais detalhes sobre a audiência por parte do órgão. A reportagem também tenta localizar a possível defesa do suspeito.

A primeira prisão dele ocorreu um dia antes do assassinato, no último sábado (16). Ueliton foi detido após agredir a vítima com murros, que a atingiram na cabeça e também nos braços.

Joselita Felix teria sido morta pelo ex-companheiro em Rondônia — Foto: Facebook/Reprodução

Joselita Felix teria sido morta pelo ex-companheiro em Rondônia — Foto: Facebook/Reprodução

Porém, horas depois da agressão, Ueliton foi solto após pagar uma fiança de R$ 4 mil. Segundo o TJ-RO, como a pena por lesão corporal “não é superior a quatro anos, o delegado pode arbitrar a fiança”.

A professora relatou a agressão a uma amiga e encaminhou áudios para ela sobre o que vivia. Em alguns trechos, a vítima diz que estava decidida a entrar com uma medida protetiva contra ele.

Feminicídio

Joselita foi morta pelo ex-marido no domingo, após ter a casa invadida pelo ex-marido, Ueliton Aparecido Silva, em Candeias do Jamari. O ex-marido foi preso logo depois e permanece na cadeia, em Porto Velho.

O pai da educadora, Francisco Félix, estava em casa e presenciou o ataque. O idoso tentou salvar a filha e segurar o suspeito, mas também foi atacado a pauladas. Ele segue internado no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho. O corpo da vítima foi enterrado na última segunda-feira (18) sob forte comoção.

Casa onde Joselita foi morta em Candeias do Jamari — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Casa onde Joselita foi morta em Candeias do Jamari — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Joselita era servidora municipal de Porto Velho, tinha 47 anos e estava casada há três anos, mas há dois meses tentava se separar do suspeito. Joselita era graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia desde 1992 e também tinha bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (2007).

‘Somos a voz de Jô’

Após o caso de feminicídio, centenas de pessoas fizeram protestos em Porto Velho na noite de segunda-feira e pediram por Justiça.

Na última segunda-feira, aos gritos de Justiça e segurando cartazes com os dizeres “Somos a voz da Jô” ou “Parem de nos matar! Chega de feminicídio”, dezenas de participantes, homens, mulheres e amigos da vítima foram às ruas da capital em protesto ao caso que terminou em morte.

Manifestação contra violência de gênero aconteceu nesta terça-feira (19) em Porto Velho.  — Foto: Cássia Firmino/ G1

Manifestação contra violência de gênero aconteceu nesta terça-feira (19) em Porto Velho. — Foto: Cássia Firmino/ G1

Na manhã desta terça-feira, dezenas de pessoas se reuniram em frente a Delegacia da Mulher, também em Porto Velho, para uma manifestação contra violência de gênero. A passeata percorreu as principais ruas da área central do município e contou com a presença dos alunos de Joselita.

Com palavras de ordem como, “Joselita, presente!”, “Parem de nos matar” e “Chega de violência”, na passeata foram ouvidos discursos de lideres de militâncias do município, que ressaltaram os números alarmantes de agressões e estupros que são registrados anualmente no estado.

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