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Jovem usa ‘tatuagem com som’ para relembrar risada da mãe que morreu de Covid-19, em RO


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Em 2019, Rafael Vaz, decidiu tatuar no braço as ondas sonoras da risada da mãe, Marlene Vaz, como forma de homenageá-la. Dois anos depois, o símbolo ganhou um significado ainda mais forte, após a mulher morrer vítima da Covid-19.

P U B L I C I D A D E

Marlene faleceu dia 8 de fevereiro, aos 53 anos, depois de passar 29 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Inicialmente ela havia sido levada a um hospital de Jaru (RO), onde morava juntamente com a família, no entanto, devido à piora constante do quadro clínico, precisou ser transferida para Porto Velho.

“A minha mãe era minha melhor amiga”, conta o jovem de 30 anos, relembrando que perdeu a mãe pouco mais de 15 dias antes do seu aniversário.

Segundo Rafael, ela não possuía nenhuma doença ou comorbidade e desde que entrou na UTI, só piorou o quadro a cada dia.

“Perder, em todos os sentidos, é muito doloroso. Mas perder a mãe é algo “fora do sério”.

Ele também foi contaminado no mesmo período que ela mas não apresentou quadro grave. “Minha mãe tinha muitos sonhos e foi interrompida por esse vírus”, desabafa.

"Amor é a melhor definição para a minha mãe", conta Rafael Vaz. — Foto: Instagram/Reprodução

“Amor é a melhor definição para a minha mãe”, conta Rafael Vaz. — Foto: Instagram/Reprodução

História da tatuagem

No início de julho, o jovem publicou um vídeo nas redes sociais onde mostra um aplicativo lendo o código da tatuagem e reproduzindo o som da risada da mãe, que ele já não pode mais ouvir presencialmente.

“Te perdi há 180 dias, mas sua risada ficou tatuada em mim, essa é a canção que eu mais amo escutar”, conta Rafael na descrição do vídeo.

Segundo Rafael, vários famosos reagiram a publicação e ele ficou feliz por ter levado a história da mãe para o Brasil inteiro.

À Rede Amazônica, ele contou que o som foi gravado durante uma das várias viagens que fez junto com Marlene. Em uma das paradas eles começam a rir muito de uma situação que envolvia uma coxinha de frango. “Minha mãe ria e chegava a soluçar de tanto rir”, conta.

Em meio a viagens e vários outros momentos memoráveis, Rafael acumula mais de 10 mil vídeos com a mãe. Apesar da dor e do luto, ele agradece pelo tempo em que pode compartilhar uma relação de cumplicidade e companheirismo. A tatuagem será sempre utilizada para eternizar a história dos dois.

G1.globo.com

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