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Javalis causam terror em vários municípios e representam um grave risco sanitário para a atividade pecuária e riscos à saúde pública


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As cidades goianas mais infestadas com javalis são: Orizona, Vianópolis, São Miguel do Passa Quatro, Leopoldo de Bulhões e Gameleiras.

P U B L I C I D A D E

Mais de 150 nascentes foram destruídas nessa região nos últimos dois anos e produtores chegaram a perder toda a plantação devido aos ataques dos javaporcos. Estima-se que o javali ocorra em 61 dos 246 municípios goianos. O assunto foi discutido durante o “1° Seminário sobre Javalis: a análise do invasor”, no último dia 23 de novembro, em Goiânia. O evento foi uma iniciativa da Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente do CRMV-GO.

O javali é uma espécie exótica invasora trazida da Europa no início do século 20. Atualmente, é considerado uma das 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo, ao proliferar e expandir rapidamente em diversas regiões, pois não tem predador natural no país. No Brasil, a população de javalis cresce exponencialmente, de 5% a 15% ao ano, concentrando nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Esse aumento do número de javalis e, consequente expansão territorial, devem resultar em convívio com a população das periferias das cidades, pois esses animais também vivem à procura de resíduos que os alimente.

Risco à Saúde Única

Contextualizando-os como um risco iminente à saúde única, os javalis causam danos à fauna, diminuindo a biodiversidade, à flora, gerando grandes perdas nas lavouras de milho e de soja, desencadeiam o assoreamento de cursos de água e processos de erosão do solo. Além disso, representam um grave risco sanitário para a atividade pecuária e riscos à saúde pública devido às várias zoonoses que esses animais veiculam, como hepatite tipo “E”, febre hemorrágica de Crimeia-Congo, peste suína clássica, febre aftosa, doença de Aujeszky, leptospirose, brucelose, tuberculose, entre outras, como ressaltou a presidente da Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente, Méd. Vet. Luana Rodrigues Borboleta.

A programação do evento abordou desde a biologia e comportamento da espécie, para entender o motivo desse animal ser considerado uma praga, a temas como caça estratégica. Alguns assuntos que serão tratados no seminário são: impactos no meio ambiente, na agricultura, produção comercial de suínos, disseminação de doenças para granjas de suínos, zoonoses e os perigos do consumo da carne de javali, caça como estratégia de controle da população e normativas legais de caça dessa espécie no Brasil.

O seminário teve o apoio institucional do Ministério Público do Estado de Goiás (CAOMA MP-GO), Agrodefesa, Associação Goiana de Suinocultores (AGS), IBAMA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Associação Nacional de Caça e Conservação (ANCC), Instituto Chico Mendes (ICMBio), Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG e Exército Brasileiro.

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