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Janaina Riva descarta rompimento com Mendes e chama de ‘democracia’ sua resposta às críticas aos deputados


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A deputada Janaina Riva descartou qualquer tipo de rompimento – tanto dela quanto de seu partido, o MDB -, com o governador democrata, Mauro Mendes. Ao chamar de ‘democracia’, sua resposta nesta última quarta-feira(07), às declarações do gestor estadual, que bastante irritado, asseverou que às vezes os ‘deputados agem, como se não tivesse um amanhã, como um samba do crioulo doido e, de forma, maluca”.

P U B L I C I D A D E

Após a aprovação, em segunda votação, na Casa de Leis, da Proposta de Emenda à Constituição – (PEC) 10/2021 – nesta última terça-feira(06), que reintegra 61 servidores demitidos em junho da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural[Empaer].

Mesmo colocando fim aos ruídos e a supostos arranhões no relacionamento do governador democrata com o parlamento estadual, em particular com sua base de apoio na Assembleia, a parlamentar emedebista não recuou, contudo, de suas críticas ao gestor estadual, ao chamar de ‘descortesia’, seu ataque aos deputados.

A declaração da deputada emedebista foi dada em entrevista nesta quinta-feira(08) ao portal O Bom da Notícia, quando fez questão de ressaltar que o ataque de Mendes não teria sido bem-vindo. Lembrando que o Legislativo teria aprovado a maioria dos projetos do Executivo, na Casa. Assim, teria sido a parceria e as grandes discussões realizadas no parlamento que teriam assegurado que o Estado ganhasse fôlego financeiro e se tornasse superavitário, como hoje.

“Como comumente eu me exalto quando falo, até revi minhas declarações contra o governador, depois que ele[Mendes] disse – dentre suas críticas -, que os deputados estariam somente preocupados com votos. Mas é aquilo que o deputado Eduardo Botelho(DEM) disse em entrevista à uma rádio ontem, que o governador não estaria em um bom dia e que seus ataques foram mais um desabafo. Mas continuo achando que ele nunca imaginou que suas declarações teriam uma repercussão tão ruim. E que, claro, haveria uma reação do parlamento. Afinal, não dá para você ser chamado de maluco. Falar que você estava fazendo um samba do crioulo doido, ou que está aprovando projetos por votos e não responder a isto. Mas também sei que não é isso que ele pensa, foi mesmo um desabafo. O governador estava em um dia ruim depois de algumas derrotas na Assembleia. Trato isto com naturalidade, mas acho que ele exagerou naquela fala dele. Assim, minha resposta foi uma reação e não um rompimento, mas apenas um rebate, a um ataque deselegante e até desrespeitoso. Mas este já é um assunto, acredito, já em superação”.

Ainda revelando, em tom de bricandeira, que acha ‘até muito engraçado’ os rebates que deputados, como Botelho, fazem sempre à Mendes, e estas respostas ou declarações sejam vistas como ‘absolutamente normais’. Mas, quando é ela[Janaina] a realizar alguns contrapontos, sua fala ‘ganha um tom de briga, de rompimento’. Quando ela estaria apenas realizando um exercício democrático, de apontar o que agrada ou desagrada em alguns debates públicos entre dois poderes’.

“Eu acho até engraçado. Quando me posiciono, me pronuncio contra algo que não me agradou, vindo do governo, todo mundo trata isto como um rompimento. Mas eu vejo, por exemplo, o deputado Botelho dando respostas ásperas ao governador e ninguém cogita isto. Não sei se é pelo jeito que me expresso, de forma contundente. Mas posso te dizer que eu não estava brava, mas queria pontuar. Pois uma coisa é ser base, outra coisa é ficar aguentando desaforo e não responder. Nós respeitamos, mas também queremos respeito de volta”.

Entenda o caso

Nesta quarta, Mendes, disse em entrevista à Jovem Pan Cuiabá, que alguns deputados não respeitam e agem como se não houvesse amanhã, em relação a alguns assuntos, que não podem simplesmente jogar para a plateia. E que é preciso respeitar as instituições como Judiciário e Executivo. Ao se referir à aprovação da PEC 10/2021, aprovada em segunda votação na Casa de Leis, reintegrando os 61 servidores da Empaer demitidos do órgão.

Os servidores que foram exonerados não aderiram ao Plano de Demissão Voluntária criada pelo Governo de Mato Grosso e fazem parte dos servidores que foram admitidos na Empaer por meio de processo seletivo realizado antes de 23 de abril de 1993. De acordo com os deputados existem decisões no Supremo Tribunal Federal que validam contratações entre outubro de 1988 e 1998. E que o governador teria sido induzido ao erro.

Ja o governador democrata diz que apenas cumpriu uma ordem judicial. “Nesse caso específico, a decisão já foi tomada pela justiça. Quem disse que deveria demitir essas pessoas, esses senhores que trabalham na Empaer foi a Justiça. Não foi o governador Mauro Mendes ou a nossa administração. Isso é uma decisão transitada e julgada que nós somos obrigados a cumprir. E a gente cumpriu. Tem que ter respeito pelo executivo, legislativo e judiciário. Eles foram mandados a serem demitidos porque lá atrás, muitos anos atrás eles entraram no Governo sem concurso público, apenas por processo seletivo e isso não tem a capacidade de dar estabilidade para eles. A justiça mandou demitir e nós cumprimos. Aí vem a assembleia para fazer uma PEC e acham que podem mudar isso”, completa.

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