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Janaína Riva defende perdão para militares e punição a Pedro Taques


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deputada Janaína Riva (MDB) defendeu nesta quinta-feira (7) o perdão judicial ou o abrandamento de pena para os militares acusados de participar da operação dos grampos telefônicos. Ela disse que a punição pela fraude cabe ao ex-governador Pedro Taques (PSDB), que teria usado servidores públicos na montagem do escritório de escutas.

P U B L I C I D A D E

“Não se pode condenar apenas três pessoas que foram ordenadas pelo chefe maior, Pedro Taques. Esse, sim, deve ser responsabilizado e apenado. Taques não pode ficar livre e essas pessoas correndo o risco de perderem  a estabilidade e tudo o que construíram na vida”.

Janaína Riva é uma das pessoas interceptadas ilegalmente pelo grampo comandado pela Polícia Militar. Em depoimento, o coronel Zaqueu disse que a parlamentar entrou na lista em decorrência do interesse alguns policiais de investigar o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, pai de Janaína.

A 11ª Vara Criminal de Cuiabá retomou hoje pela manhã o julgamento de cinco militares acusados de envolvimento na operação dos grampos telefônicos, a partir de 2014 — coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

O promotor de Justiça, Allan do Ó, que faz a parte de acusação pelo Ministério Público do Estado (MPE), pediu a condenação de Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Gerson Luiz Ferreira Júnior, e o perdão judicial para Ronelson Jorge de Barros e Januário Antônio Batista.

Em defesa do coronel Zaqueu, os advogados afirmaram que o Ministério Público pede a condenação com base em manobra ilegal usada para descobrir o esquema de grampos. “Para descobrir o crime de interceptação, se fez interceptação. Então, para se descobrir um crime, praticaram outro crime”, disse o advogado Francisco Monteiro.

O promotor de Justiça, Allan do Ó, disse que o escritório de grampos telefônico pode ter beneficiado o ex-governador Pedro Taques (PSDB) na eleição ao cargo em 2014. Ele afirmou que o caso é ilustrado pela eleição do tucano no período em que a central estava em funcionamento e a perda do cargo, em 2018, após o encerramento das escutas.

“É claro que [Pedro Taques] obteve vantagem ao monitorar os adversários [políticos]. [Mas perdeu em 2018] E ainda com a máquina na mão”, disse ele em nomear o ex-governador.

Pedro Taques é apontado nos depoimentos de Zaqueu Barbosa e Gerson Corrêa como um dos mentores da montagem do esquema antes da eleição ao Palácio Paiaguás. Segundo eles, Taques e seu primo, Paulo Taques, que viria a ser o chefe da Casa Civil, os procuraram para saber das condições da PM de se montar um esquema de escutas.

Hoje, o promotor afirmou que a Justiça aja para que o ex-governador e seu primo sejam punidos por terem “arquitetado” a montagem do escritório dos grampos.

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