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Ivermectina contra a Covid-19? Estudos não comprovam a eficácia


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Aivermectina, usada para tratamento contra parasitas em seres humanos e animais, é tida como a nova medicação que irá curar – ou prevenir – a infecção contra o novo coronavírus. Mesmo sem nenhum estudo comprovando a eficácia do remédio para tratar a Covid-19, o Sincofarma (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo) confirma que houve um aumento das prescrições. Especialistas, no entanto, alertam para os riscos de uso indevido.

P U B L I C I D A D E

Cientistas australianos publicaram em junho um estudo científico informando que o remédio conseguiu parar a replicação do vírus em laboratório. Foi o bastante para que muitos corressem até a farmácia para obter a medicação que é indicada para tratar de verminose, sarna e bicho geográfico.

Professora associada do departamento de Microbiologia da UFMG, Giliane de Souza Trindade afirma que é necessário que as pessoas saibam a diferença de um teste feito em laboratório para outro aplicado em seres vivos. “As pessoas ignoram isso, ficam procurando uma fórmula mágica. É a mesma coisa da cloroquina (que também não tem eficácia comprovada)”.

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Homem é preso vendendo ivermectina, remédio usado como prevenção à Covid-19
O Metrópoles mostrou no início do mês que a eficácia da ivermectina contra o novo coronavírus só foi comprovada in vitro. Os testes mais avançados preveem a conclusão dos estudos em humanos para dezembro de 2020 ou janeiro de 2021.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia soltado uma nota no dia 10, informando que os estudos relacionando a ivermectina ao tratamento da Covid-19 não eram conclusivos. O texto também afirma que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor e que não existem remédios aprovados para prevenção ou tratamento da doença no Brasil.

“O uso desse remédio cria uma falsa sensação de segurança, com efeitos alérgicos e alteração no fígado”, explica Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas e Albert Einstein.

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