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Inibidores da aromatase no câncer de mama – como eles agem no organismo?


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O que é a aromatase?

P U B L I C I D A D E

A aromatase é uma das enzimas responsáveis pela transformação de andrógenos em estrógenos no corpo humano. Ela é encontrada em várias partes do corpo como, por exemplo, nas gônadas (testículos ou ovários), cérebro, tecido adiposo, placenta, vasos sanguíneos, pele e ossos, e também tem um papel importantíssimo no desenvolvimento sexual.

O que são inibidores da aromatase?

Os inibidores da aromatase são substâncias que impedem que esta enzima funcione, de modo a haver menos transformação de andrógenos em estrógenos. Embora nas mulheres que já passaram pela menopausa, o estrogênio não mais seja produzido pelos ovários, alguns estrógenos ainda são elaborados na gordura corporal, usando a enzima aromatase. Os inibidores da aromatase, ao bloquearem essa enzima, fazem cessar ou diminuir muito a produção de estrógenos. Eles também são drogas que podem ser utilizadas no manejo dos leiomiomas e em terapia pós ciclo de esteroides.

Quais são as substâncias inibidoras da aromatase?

Existem três inibidores medicamentosos da aromatase:

  1. O Arimidex, cujo nome químico é anastrozole.
  2. O Aromasin, de nome químico exemestane.
  3. E o Femara, denominação da substância química letrozole.

Cada um deles é uma pílula, geralmente tomada uma vez por dia. Além desses produtos, outras substâncias naturais como a nicotina, a vitamina E e o zinco, entre muitas outras, também inibem a aromatase.

Qual é o mecanismo fisiológico de atuação dos inibidores da aromatase no câncer de mama?

Inibidores de aromatase funcionam bloqueando a enzima aromatase, que transforma o hormônio andrógeno em estrógeno, no corpo. Isso significa que ao usar um inibidor da aromatase, menos estrógeno estará disponível para estimular o crescimento de células de câncer de mama receptoras desse hormônio.

Como o tecido mamário é estimulado pelos estrógenos, diminuir sua produção é uma forma de suprimir ou diminuir a recorrência do tecido tumoral da mama. A principal fonte de estrógeno em mulheres na pré-menopausa são os ovários, enquanto em mulheres na pós-menopausa a maior parte do estrogênio do corpo é produzida em outros tecidos (glândula adrenal, por exemplo).

Por isso, mesmos a mulheres na pós-menopausa, cujos ovários teoricamente já não produzem estrógenos ou os produz em muito baixas proporções, devem tomar inibidores da aromatase. Deve-se atentar, contudo, para o fato de que eles não destroem a células cancerígenas, mas apenas as impede de crescerem ou as faz crescer mais lentamente.

Qual é o papel dos inibidores da aromatase no câncer de mama?

Como foi dito, alguns cânceres de mama (mas nem todos) são estimulados a crescer pelo hormônio estrogênico e são favorecidos pela diminuição desse hormônio. Em geral, os inibidores da aromatase são usados no tratamento do câncer de mama em mulheres na pós-menopausa, em que os ovários já não precisam mais de estrógenos. Portanto, um inibidor de aromatase só será prescrito se o câncer for receptor de estrogênio, porque se o estrogênio se ligar a esses receptores, pode estimular o crescimento do câncer.

Os inibidores da aromatase podem, ainda, ser usados para prevenção do câncer de mama em mulheres de alto risco.

Quais são as vantagens e desvantagens de tomar inibidores da aromatase?

Vantagens

Vários estudos compararam os inibidores da aromatase com o tamoxifeno (um antagonista do receptor de estrógeno) e concluíram que esse tipo de medicamento é mais eficaz no tratamento do câncer de mama que seja receptor positivo de hormônio, em mulheres na pós-menopausa. Com base nos resultados, a maioria dos médicos recomenda que após o tratamento inicial do câncer (cirurgia e possivelmente quimioterapia e/ou radioterapia), um inibidor de aromatase é a melhor terapia hormonal para começar.

Ao tratar o câncer de mama em estágio inicial, receptor de hormônio, os inibidores de aromatase têm mais benefícios e menos efeitos colaterais graves do que o tamoxifeno. Mudar para um inibidor de aromatase depois de tomar tamoxifeno por 2 a 3 anos (para um total de 5 anos ou mais de terapia hormonal) oferece mais benefícios do que 5 a 10 anos de tamoxifeno isoladamente.

Desvantagens

A mulher não deve tomar um inibidor da aromatase se estiver amamentando, se engravidar ou se tiver qualquer possibilidade de engravidar, porque inibidores de aromatase podem causar danos ao desenvolvimento dos embriões. Se ainda estiver num período fértil, enquanto tomar um inibidor de aromatase, a mulher deve usar um tipo eficaz de controle de natalidade não-hormonal, como preservativos, diafragma junto com um espermicida, ou um DIU não-hormonal.

Inibidores de aromatase tendem a causar menos efeitos colaterais graves do que o tamoxifeno, como coágulos sanguíneos, derrame e câncer de endométrio. Mas os inibidores da aromatase podem causar mais problemas cardíacos, mais perda óssea (osteoporose) e mais ossos quebrados do que o tamoxifeno, pelo menos nos primeiros anos de tratamento. Os efeitos colaterais mais comuns dos inibidores da aromatase são rigidez articular ou dor nas articulações.

É importante que mulheres que fazem uso de hormonioterapia se comprometam com o uso adequado da medicação, com um controle rigoroso de sua saúde e buscando orientações adequadas sobre o tratamento.

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