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Economia

Indústria automotiva tem retração de 20,2% no mês de maio após greve dos caminhoneiros


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Os reflexos gerados pelos dez dias de paralisação de caminhoneiros, no mês passado, devem demorar para ser superados pela indústria automotiva do país. É o que demonstram dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea): houve uma redução de 20,2% na produção de veículos em maio, em comparação a abril. A greve reduziu em 70 mil a 80 mil unidades a produção do setor. E pior: a expectativa é de falta de peças de reposição nas concessionárias ainda este mês.

P U B L I C I D A D E

Para o presidente da Anfavea, Antonio Carlos Botelho Megale, espera-se que a produção seja recuperada paulatinamente ao longo dos próximos dois meses. “Infelizmente, interrompemos uma boa sequência de crescimento devido à greve. Certamente, algumas montadoras, mesmo que voltem a trabalhar, terão, sim, problemas de falta de peças ao longo deste mês”, disse. Segundo ele, as fábricas retomaram a produção de veículos somente na última segunda-feira.

A Anfavea avalia que o impacto da greve dos caminhoneiros também foi forte sobre as vendas, com estimativa de perda de 25 mil unidades durante todo o período de paralisação. De acordo com o relatório, a comercialização de carros novos teve queda de 7,1% em maio, em comparação a abril. Em relação a maio do ano anterior, houve alta de 3,2%.

Mas nada de pânico. Embora a greve tenha influenciado negativamente no resultado do mês passado, o ano segue com números melhores, se comparados a 2017. No acumulado até maio, a indústria produziu 1,178 milhão de veículos. Desse total, 964.770 foram emplacados. Isso representa um aumento de 17,0% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

Para recuperar o tempo perdido, a Anfavea diz que as fabricantes devem apostar em horas extras, inclusive durante os fins de semana. A entidade espera que o mês de junho ainda seja afetado pelos reflexos da paralisação.

Exportação

A exportação de veículos montados também teve queda de 17% em maio, em comparação abril. Em relação a maio de 2017, foi observada queda de 17,3%. No acumulado, houve crescimento de 1,6%. A estimativa é de que o país tenha perdido cerca de 15 mil embarques devido à greve.

“Muitos carros ficaram retidos nas fábricas, sem chegar aos portos. A gente acredita que pode recuperar (os números de exportação), pois são contratos firmados. Mas sempre há uma preocupação”, disse Megale.

Outro motivo de apreensão citado pelo presidente da Anfavea foi o problema cambial e o aumento de juros na Argentina, que responde por 76% dos embarques brasileiros.

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