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Índice aponta redução no progresso social em Mato Grosso


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Mato Grosso está entre os três estados que apresentaram os melhores resultados no Índice de Progresso Social (IPS) da Amazônia 2018, um estudo que traz indicadores sociais e ambientais divulgado nesta semana pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Porém, teve uma redução em relação a primeira edição do IPS, em 2014. O índice, que mede a performance social e ambiental de 772 municípios da Amazônia Legal, revelou que não houve avanço no progresso social da região nos últimos quatro anos.

P U B L I C I D A D E

O IPS é composto por indicadores exclusivamente sociais e ambientais agregados em três dimensões, sendo elas, necessidades humanas básicas, fundamentos para o bem-estar e oportunidades, além de 12 oportunidades. Nenhuma das unidades da Federação que fazem parte da região amazônica superou a média nacional. “Em geral, a região amazônica ainda enfrenta muitos problemas sociais e ambientais, incluindo o agravamento da segurança pública, a precariedade no saneamento básico e acesso à água tratada, a deficiência na educação superior, a pouca garantia de direitos individuais e o aumento recente do desmatamento”, apontou o Imazon.

Conforme o levantamento, houve uma ligeira redução do índice em comparação ao IPS Amazônia 2014: de 57,31 para 56,52. Também se manteve abaixo da média geral do Brasil 2018, que é de 67,18. Em Mato Grosso, o estudo aponta redução no índice de 61,37, em 2014, para 59,13, em 2018. Em relação ao componente necessidades humanas básicas, por exemplo, saltou de 61,60 para 62,41, no mesmo período. Mas, quanto aos fundamentos para o bem-estar reduziu de 68,99 para 63,99 e, quanto às oportunidades, de 53,52, em 2014, para 50,99, no ano passado.

Os outros dois estados com melhores resultados são Rondônia (58,51) e Tocantins (57,44). Amazonas e Roraima tiveram os priores IPS. Mesmo abaixo do IPS nacional, Acre, Maranhão, Pará e Roraima tiveram uma pequena evolução em seus respectivos IPS no período.

Dos 12 componentes, conforme o Imazon, houve piora em cinco deles, entre 2014 e 2018, sendo qualidade do meio ambiente, saúde e bem-estar, segurança pessoal, tolerância e inclusão e direitos individuais. No mesmo período, três componentes mantiveram-se iguais e quatro apresentaram melhorias, sendo eles, nutrição e cuidados médicos básicos, acesso à informação e comunicação, acesso ao conhecimento básico e liberdade individual e de escolha.

Entre os 772 municípios amazônicos avaliados, a maioria (59%) também teve redução no IPS 2018 comparado ao IPS 2014. Segundo o Imazon, as cidades classificam-se em cinco grupos conforme seus resultados do IPS Amazônia 2018. No primeiro grupo, há 25 municípios com os melhores índices, nos quais o IPS médio é igual a 64,64. Eles somam 22% do território da região (IBGE, 2017), abrigam uma população de 6,5 milhões de habitantes (24% da população amazônica) e respondem por 34% do PIB da região.

Já seis capitais estão neste grupo, entre elas, Cuiabá, além de Palmas (TO), Manaus (AM), Belém (PA), São Luís (MA) e Boa Vista (RR). “Embora todos esses municípios tenham os melhores resultados, eles tiveram desempenhos inferiores à média brasileira com exceção da capital mato-grossense. Em 2014, 87 municípios representavam esse grupo contra apenas 25 municípios em 2018. Portanto, mais de dois terços dos municípios nesse grupo reduziram progresso social nos últimos quatro anos”, aponta.

O segundo grupo conta com 159 municípios com IPS médio igual a 60,96, e o terceiro, compreende 281 municípios com IPS médio de 57,31. Este grupo inclui municípios que não garantiram melhora no progresso social, apesar de possuírem bom desempenho econômico. Por exemplo, Campos de Júlio possuía a melhor renda per capita da Amazônia Legal, mas ocupava apenas a posição 231 do IPS em 2018. No quarto grupo estão 250 municípios com níveis críticos de progresso social com IPS médio de apenas 53,58.

Por último, o quinto grupo corresponde aos 57 municípios com os níveis mais baixos de progresso social da Amazônia, com IPS médio igual a 49,63. Esses municípios abrigam 1,2 milhão de habitantes (5%), respondem por apenas 2% do PIB e ocupam 17% do território. Os estados do Maranhão e Pará possuem o maior número de municípios neste grupo (37% e 19%, respectivamente).

No Estado, Bom Jesus do Araguaia é um dos que aparecem com os piores IPS Amazônia 2018. Conforme o Imazon, a partir desse diagnóstico será possível aos dirigentes públicos das esferas municipal, estadual e federal, por exemplo, nortear ações e investimentos para melhorar os índices e transformar a realidade social da região.

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