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Ibama vai fechar última base no interior do Amazonas em novembro


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O Instituto Brasileiro do Meio Ambientes e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou nesta quinta-feira (29) que a unidade do órgão em Parintins – a única ativa atualmente no interior do Amazonas – será desativada até novembro deste ano.

P U B L I C I D A D E

No interior do Amazonas, em todas as outras cidades onde o Ibama já não tem mais base, a responsabilidade de monitoramento e ações é do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) – como é o caso das queimadas que atingem o estado. Com o fechamento da sede em Parintins, O Ipaam assume, em formato de termo de cooperação, todas as operações na área.

Esse termo prevê que o Ibama use os centros multifuncionais para combater crimes ambientais no interior do estado, segundo o superintendente substituto, Leslie Tavares. Ele esclarece que esses pontos serão utilizados somente quando houver necessidade.

“É lógico que ter estrutura física é importante, mas, para isso, o Ibama está celebrando o acordo de cooperação técnica com o Ipaam para utilizar os centros multifuncionais. Assim, de forma compartilhada, os agentes que precisem atuar naquelas regiões do estado irão dispor de uma estrutura adequada. Assim, entendemos que o Ibama, na verdade, está garantindo e ampliando sua estruturação no interior e não utilizando uma estrutura dispendiosa”, disse.

“Vimos que a estratégia antiga era custosa. Tem que pagar energia, internet, faxineira. Com a estrutura física do Ipaam, se não tiver necessidade de usar, a gente não usa. Se precisa, se usa. Mudamos por economia – economia e estratégia”, disse.

Queimadas no Amazonas

O anúncio vem em meio ao maior período de queimadas desde 1998, quando o Governo Federal passou a fazer esse monitoramento. Agosto de 2019 já é o mês com maior número de focos de queimadas no estado do Amazonas. Foram 6.145 focos verificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no estado até esta terça-feira (27).

O número de agosto deste ano supera o registro de todos os meses analisados desde o início da série histórica. O recorde anterior era também um outro mês de agosto, mas no caso o de 2005, quando foram detectados 5.981 focos ativos.

“Hoje em dia, as estratégias de ação, o uso de inteligência e uso de tecnologias de monitoramento dão mais resultado do que manter agentes lotados em municípios conflituosos. Manter servidores nessa situação inibe suas atuações. Em muitas vezes, [os agentes] vivem sob intimidação”, avaliou o superintendente.

Outras bases

A unidade de Humaitá está desativada desde de 2017, depois que uma ação de vândalos destruiu o escritório e veículos utilizados por agentes no município. Lá, um servidor dava apoio administrativo usando uma sala no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Outra base do Ibama em Tabatinga, cidade na fronteira do Amazonas com a Colômbia, foi fechada em 2018. Leslie Tavares afirmou que, em áreas de conflito, o uso de tecnologias de monitoramento apresenta melhores resultados.

Ainda segundo Tavares, dezenas de bases do Ibama – que eram destinadas a cuidados de unidades de conservação – passaram para o ICMbio ao longo dos anos. Entretanto, o superintendente ressalta que as fiscalizações continuam.

“O efetivo que se utiliza é de outros estados. O órgão é federal. Em geral, esse efetivo é acompanhado da polícia ambiental, que sempre dá apoio. (…) Apuí, Novo Aripuanã e Lábrea são fiscalizados por agentes de todo o Brasil. Não houve diminuição da presença do Ibama porque não tinha base. A fiscalização vem ocorrendo normalmente”, finalizou.

(*Colaborou, Rickardo Marques/G1 AM)

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