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Hospital Santa Cruz recebe médicos de Hiroshima e Nagasaki para atendimento às vitimas da Bomba Atômica


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A Instituição oferece check-up todos os anos aos Hibakushas, sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki, em parceria com a Associação das Vítimas da Bomba Atômica no Brasil, supervisionada e financiada pelo Governo Japonês.

P U B L I C I D A D E

Na segunda-feira, dia 08 de outubro, o Hospital Santa Cruz (HSC) recebe a visita de três médicos e dois representantes do Governo das províncias de Hiroshima e Nagasaki, que supervisionarão os procedimentos de check-up aos 32 sobreviventes das bombas atômicas, os chamados Hibakushas em japonês, juntamente com os profissionais da Instituição.

Após mais de dez anos do término da segunda guerra mundial, o governo japonês iniciou o levantamento dos sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, pois havia o reconhecimento das consequências maléficas que a radiação atômica estava provocando para as pessoas expostas. Iniciou-se, portanto, o acompanhamento médico em centros especiais no Japão. Porém, quem não morava lá, não podia ter acesso.

No Brasil, o Hospital Santa Cruz realiza desde 2004, em parceria com a Associação das Vítimas da Bomba Atômica no Brasil e com o governo japonês, o check-up aos sobreviventes da catástrofe que vivem no Brasil, com o objetivo de prevenção e cuidado com a saúde. O check-up, que acontece todos os anos, inclui exames laboratoriais, ginecológicos, raios-X, ultrassons de abdômen e endoscopia.

Juntamente com esta parceria, o Governo Japonês convida anualmente dois profissionais da área médica do Hospital Santa Cruz a participarem de um programa de treinamento em Instituições localizadas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki sobre novas técnicas de atendimento a vítimas de catástrofes. Esse intercâmbio já proporcionou o treinamento de 25 médicos do HSC que viajaram ao Japão com o objetivo de obter aprendizado e disseminar conhecimento aos profissionais da Instituição que atendem às vítimas residentes no país.

De acordo com Yuli Fujimura, coordenadora do projeto de check-up aos sobreviventes da bomba atômica no HSC, esta é uma ação de extrema importância não só para os pacientes como também para o governo japonês, que pode estender seus cuidados aos que vivem no Brasil e, para o Hospital Santa Cruz, que pode oferecer este atendimento diferenciado, totalmente dedicado a essas pessoas. “Sinto-me muito feliz com os resultados que temos realizado ao longo desses anos. No início eram 130 sobreviventes. Infelizmente, devido à idade, muitos já se foram, mas temos a certeza de ter contribuído para que todos tivessem amparo médico e hospitalar. É muito gratificante ver a felicidade e satisfação dos pacientes e seus familiares no dia da consulta médica, com a presença de especialistas japoneses. Eles se sentem muito reverenciados”, explica.

No mesmo dia 08 de outubro, os 25 médicos que receberam a bolsa de estudos do Governo Japonês, oferecerão um jantar aos médicos e representantes japoneses de Hiroshima e Nagasaki, com a presença da diretoria do Hospital Santa Cruz e do Cônsul Geral do Japão em São Paulo.

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