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Governo do Acre declara situação de emergência em área de captação de água da ETA II devido à erosão


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O governo do Acre declarou situação de emergência na área de capitação de água da Estação de Tratamento – ETA II, em Rio Branco, devido à erosão no local e possibilidade de desabastecimento do sistema de água. O decreto foi publicado na edição desta sexta-feira (18) do Diário Oficial do Estado (DOE).

P U B L I C I D A D E

O diretor de Operações do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa), Luiz Anute, disse que a medida foi tomada como uma ação preventiva para poder agilizar uma reforma no local, que foi danificado após uma erosão. O local chegou a ter um vazamento, deixando vários bairros da capital sem água.

“É que a lagoa de captação teve um problema há 4 meses, foi danificada e vazou toda água que estava armazenada. Hoje ela está funcionando de maneira provisória, foi feito um serviço provisório para continuar a captação. Agora há necessidade de executar o projeto para que no período de inverno não venha acontecer um sinistro que possa comprometer o abastecimento de água de Rio Branco”, disse o diretor.

Com a declaração de situação de emergência, o governo não precisa fazer licitação para contratar o serviço de reforma e estudo de viabilização da área.

“Nós temos cerca de 45 dias para chegar o período de inverno. Se não for executado [o serviço], nós vamos ter problemas no inverno. Para fazer essa obra, se for feito licitação, precisa de, no mínimo, uns seis meses, para que comece a ser executada. Então, foi necessário decretar o estado de emergência, para agilizar a execução da obra. Provavelmente já vai começar o trâmite para construção”, afirmou Anute.

Para o decreto, o governo considerou que este ano, o nível do Rio Acre já atingiu a menor cota com 1,47 metro em Rio Branco. A situação acabou comprometendo o processo erosivo na encosta do rio, principalmente no local de capitação de água da ETA II, e aumentou os problemas da estrutura física do local.

Outro ponto considerado pelo governador Gladson Cameli para declarar emergência foi que o estado ainda está na pandemia da Covid-19. Segundo o decreto, o comprometimento na captação e distribuição de água pode provocar problemas ainda mais graves para saúde pública.

Rio Acre chegou a cota de 1,63 metro nesta sexta-feira (18) — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal

Rio Acre chegou a cota de 1,63 metro nesta sexta-feira (18) — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal

Nível do Rio Acre

O Rio Acre, na capital, marcou 1,63 metro nesta sexta-feira (18) e continua sendo monitorado pela Defesa Civil estadual que afirma ser um nível dentro da média esperada para esta época do ano, levando em consideração a menor cota já registrada. Porém, ainda é preocupante.

Há quatro anos, no dia 17 de setembro de 2016, o manancial marcou 1,30 metro na capital acreana e foi a menor cota registrada desde que o rio passou a ser monitorado, em 1971.

As previsões para os próximos dias, segundo a Defesa Civil Estadual, são de chuvas passageiras e isoladas e isso pode não refletir no nível do Rio. As chuvas com maior volume só devem começar a ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro.

O Depasa já informou, desde quando o rio chegou à cota de 1,47 metro, que a captação de água na capital é feita por meio de flutuantes desde o ano passado e que ainda não havia risco de desabastecimento, mesmo com o rio tão baixo.

G1

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