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Governo diz que Júnior Gonçalves “precisou deixar suas funções administrativas por tempo limitado”


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O governador do Estado, Marcos Rocha, ao que parece deve manter seu secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, Alvo da Operação Propagare, deflagrada pelo Ministério Público de Rondônia, após descobrir a existência de grupo um criminoso, supostamente responsável por realizar e coordenar fraudes em procedimentos licitatórios e pela prática de atos de corrupção no âmbito do Governo.Em nota no final da manhã, a Superintendência de Comunicação Governo de Rondônia se manifestou dizendo que o governador Marcos Rocha foi notificado sobre o andamento da operação na manhã desta sexta e que o “secretário-chefe da Casa Civil precisou deixar suas funções administrativas por tempo limitado”. Na realidade o afastamento de 180 dias foi determinado pela Justiça em meio aos indícios apresentados pelo MP e Polícia.

P U B L I C I D A D E

A nota diz ainda que o Governo “respeita o trabalho do judiciário e que espera a conclusão do andamento processual para que os fatos concretos venham à tona”.

Já Júnior Gonçalves, disse que está à disposição da Justiça para eventuais esclarecimentos.

Ele informou que foi notificado oficialmente na manhã desta sexta-feira (14) sobre as investigações relacionadas à operação do MP.

O secretário chefe da Casa Civil, disse ainda, que para que “possa garantir a lisura e transparência das investigações para que, enfim, tudo isso seja definitivamente esclarecido, me coloco à disposição para eventuais esclarecimentos.”

Ressalta que ainda está tomando ciência dos pormenores das investigações e disse que confia na justiça e tem total convicção de que a verdade prevalecerá.

Operação Propagare

As investigações do Ministério Público de Rondônia descobriram que a organização criminosa é supostamente liderada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, que conta com o auxílio e colaboração de seu advogado particular, Nelson Canedo, que detém importante função na interlocução entre o agente político com os servidores e empresários do ramo de publicidade, razão pela qual o MPE representou pelas medidas de busca e apreensão e pelo afastamento cautelar do Secretário-chefe da Casa Civil.

Com base no resultado das buscas realizadas na primeira fase da operação denominada Propagare e nos dados obtidos a partir da decretação de quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos investigados, foi possível identificar fortes indícios de pagamentos de vantagens indevidas para o Secretário-chefe da Casa Civil, por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado, visando garantir a manutenção de contrato de prestação de serviços de publicidade no âmbito do executivo estadual.

Revelou-se, ainda, indícios de que, após a deflagração da primeira fase da nominada operação, os investigados romperam com o empresário detentor do então contrato de publicidade e passaram a articular e coordenar um processo de licitação direcionado para determinada empresa, restando apurado que o mesmo advogado que firmou o contrato simulado de serviços advocatícios acima identificado, passou a representar a referida empresa no certame, bem como restou identificado que servidores que compuseram a subcomissão técnica de julgamento das propostas técnicas do certame possuem relações estreitas com a empresa e, inclusive, com o Secretário-chefe da Casa Civil.

Os mandados de busca e apreensão expedidos pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia buscam robustecer o conjunto probatório existente, com a obtenção de novas provas, cessar a continuidade das ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como identificar e recuperar ativos frutos dos desvios realizados.

O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), obteve, ainda, cautelarmente o afastamento, pelo prazo inicial de 180 (cento e oitenta) dias,do cargo do Secretário-chefe da Casa Civil, investigado por supostamente receber mensalmente propina para garantir benefícios em contratações públicas com o Governo do Estado de Rondônia, bem como o deferimento de buscas e apreensões no Gabinete do Chefe da Casa Civil, no Escritório de Advocacia, nas residências dos investigados e na sede de uma das empresas, que possivelmente facilita a lavagem de dinheiro.

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