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Gordura no fígado: Entenda o que fez Whindersson Nunes emagrecer


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O youtuber Whindersson Nunes surpreendeu os fãs quando, no último domingo (10) publicou uma foto sem camisa e sem barriga – o humorista costumava exibir uma certa “pancinha”, bem diferente do atual projeto de tanquinho.

P U B L I C I D A D E

A foto foi curtida por quase 2 milhões de pessoas, muitas elogiaram o fato de Whindersson estar cuidando do visual. Mas, na legenda da foto ele deixou claro que o incentivo era a saúde

“Fiz um exame e a doutora disse que eu tinha gordura no fígado que podia evoluir pra um câncer! Comecei a correr TODOS OS DIAS há 43 dias. Cuidem da sua saúde”.

O que é gordura no fígado

Gordura no fígado é o nome popular de um problema chamado esteatose hepática, considerada a doença mais comum do fígado na atualidade, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia.

A doença se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura, ou lipídios, nos hepatócitos, um tipo de célula do fígado. O problema pode permanecer estável por muitos anos, ou regredir se a causa for controlada.

Sem tratamento ou controle da causa, a doença pode progredir e causar uma inflamação.

De acordo com o gastrocirurgião Marcos Belotto, do Hospital Sírio-Libanês, a longo prazo, essa inflamação pode levar a um quadro de cirrose hepática ou câncer de fígado.

“Imagina que você toma sol todos os dias, sua pele inflama todos os dias, a longo prazo você vai ter um câncer de pele. Com a fígado acontece a mesma coisa. A gordura vai acumulando e aumentando a inflamação. Um dia isso vai se transformar em um câncer”, explica o médico.

A estimativa do Ministério da Saúde é que cerca de 30% dos brasileiros tenham o fígado gordo.

“A esteatose hepática é extremamente comum. Dados norte-americanos estimam que a doença oscila entre a segunda e a terceira causa de transplante de fígado nos Estados Unidos”, alerta Belotto.

A doença pode ser classificada em dois grupos: o primeiro tem como causa o consumo excessivo e crônico de bebidas alcoólicas. O segundo tem como causa outros fatores de risco, os mais comuns são obesidade, diabetes mellitus e colesterol alto.

Estes três fatores estão associados a outros que também contribuem para a formação de gordura no fígado, como hipertensão arterial e aumento da gordura do abdômen.

Alguns medicamentos podem estar ligados ao surgimento da doença, principalmente os corticosteroides e estrógenos. Além de substâncias como esteroides anabolizantes e toxinas ambientais, os produtos químicos.

Algumas doenças podem contribuir para o surgimento da esteatose hepática, como hepatite C, síndrome de ovários policísticos, hipotireoidismo e síndrome da apneia do sono.

O diagnóstico é feito, primeiro, por meio de uma ultrassonografia do abdômen. Segundo o gastrocirurgião, este exame não faz parte da rotina médica de todos as pessoas, mas deve ser feito com frequência por quem possui pelo menos um dos fatores de risco.

“As mulheres costumam fazer com mais frequência porque é um exame que, normalmente, o ginecologista pede. Os homens mais jovens não têm uma indicação formal para fazer, a não ser que o paciente leve uma vida desregrada ou tenha algum fator de risco. Quem não tem um fator, pode controlar a saúde do fígado pelos exames que mostram as taxas do sangue”, explica.

Exames complementares que medem índices de colesterol, triglicérides, glicemia, insulina, entre outros, podem colaborar para a confirmação do diagnóstico. Em alguns casos, é preciso fazer a biópsia do fígado.

Antes de determinar o melhor tipo de tratamento, é preciso identificar quais fatores de risco causaram a doença – essa causa deve ser eliminada o mais rápido possível.

Para os pacientes que tiveram o problema causado pelo sobrepeso ou outros fatores ligados ao estilo de vida, a mudança da dieta e a prática de exercícios físicos são fundamentais para a eliminação da gordura do fígado.

Os casos mais graves, que evoluem para cirrose, podem exigir um transplante de fígado.

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