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Exposição desperta protagonismo dos pais na criação dos filhos


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Dar banho, trocar fraldas, administrar birras, impor limites e educar são temas muito debatidos pelas mães na internet, que tem uma rede consolidada de apoio e troca de experiências, quando se trata de filhos. Para “desbravar” esse universo, do qual os pais também fazem parte, a exposição “Pai que Cria” foi aberta nesta terça-feira (07/08), no Goiabeiras Shopping, simultaneamente ao lançamento do site de mesmo nome, do publicitário Rafael Milon.
 
Com o objetivo de incentivar a participação dos pais na rotina e criação dos filhos, Milon, pai de duas meninas, elaborou o projeto do site para mostrar que “pai não ajuda”, pai cria. Ele pretende, ainda, ministrar cursos para pais de primeira viagem e realizar rodas de conversas gratuitas com pais.
 
“O pai precisa ser protagonista na vida dos filhos. É uma satisfação saber que famílias estão sendo atingidas por essa mudança dos pais que já conhecem o site. Quero poder ajudar outras pessoas com os mesmos desafios, falando sobre educação positiva, apresentando soluções, melhorando a convivência e comunicação dos pais com os filhos, por meio da informação”, diz ele, que só conheceu o pai aos 23 anos e por essa razão se esforça para ser um excelente pai para suas filhas. 
 
O fisioterapeuta Alexandre Alves, 29 anos, está entre os pais que começaram a seguir as dicas do Instagram e tem percebido mudanças positivas no convívio familiar. “Temos dois filhos, um de 2 meses e uma de 2 anos, e todo o processo é um aprendizado que acontece na raça mesmo. Quando minha filha nasceu, porém, fiquei mais inseguro por ser menina, e não estive tão próximo. Com o projeto do Rafael comecei a observar a relação dele com as filhas e me espelhei nele. Isso trouxe mais alegria e união para a nossa família”, destaca. 
 
Para o jornalista Luiz Patroni, o projeto ajudará a conscientizar outros pais que não têm essa participação na criação dos filhos, por vários motivos, e até quem faz sua parte. “Desde que soube do projeto achei sensacional. Nós, pais, não temos muitas referências. E tudo muda desde a descoberta da gravidez. Adquirimos uma carga de responsabilidade grande, passamos a ter medo do que antes não tinha, como uma quina de mesa, por exemplo, a ter medo de faltar em algum momento e também entendemos o significado da palavra amor”, diz ele, que sempre teve uma relação intensa com a filha.
 
Transição
 
Os pais de agora estão num processo de transição, afirma a psicóloga Dulce Figueiredo, já que poucos tiveram um pai que cria. “Por isso as mães precisam ter paciência, pois é uma adaptação. Eles estão aprendendo, mas não tiveram referência. Acredito que com o site vamos ter um movimento de identificação com opiniões, experiências e possibilidades de resolução de conflitos que envolvem o nascimento e educação de uma criança. Esses homens vão se sentir mais encorajados a experimentar as ferramentas apresentadas pelo Rafael e que vêm da psicologia. Nós temos que organizar a sociedade a partir das nossas famílias, pela forma de cuidar dos filhos e construir valores”, avalia.
 
A mostra reúne registros da família de Rafael Milon em seu cotidiano, feitos pela fotógrafa Emanuelle Rigoni e pode ser visitada  no Goiabeiras até o dia 31 de agosto. Para conferir o conteúdo do site acesse: paiquecria.com.br e o Instagram @paiquecria.
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