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Evangélicos divergem sobre modificações genéticas em bebês


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Cientistas descobriram novas tecnologias que permitem editar o DNA de um embrião para reduzir o risco de desenvolvimento de doenças na fase adulta. Muitos médicos defendem que a prática deveria ser permitida do ponto de vista ético, mas os opositores levantam algumas questões, entre elas a possibilidade de erros durante o processo.

P U B L I C I D A D E

A nova técnica da edição genética é vista como revolucionária, mas pode causar mais mutações do que se imaginava segundo alguns especialistas. Apresentada pela primeira vez há cerca de seis anos, a CRISPR é uma espécie de ferramenta de edição de genoma, que consegue enxergar e separar áreas específicas do DNA, além de poder remover e corrigir uma sequência defeituosa nele.

A princípio, isso aumentou as esperanças de que um dia os genes causadores de doenças poderiam ser alterados antes mesmo de o bebê nascer. A proposta vai além, visando criar uma geração extraordinariamente saudável, inteligente e brilhante. Porém, muitos cientistas já estão prevendo que boa parte dessas crianças podem ter problemas como maior agressividade ou até mesmo narcisismo.

Além disso, uma alteração no gene de uma pessoa pode resultar em gerações de humanos geneticamente modificados e ainda não se sabe quais seriam as consequências disso.

Cientistas chineses já criaram um embrião humano geneticamente modificado na tentativa de remover o gene responsável por uma perigosa desordem sanguínea, mas o resultado foi inconclusivo e o sucesso, apenas parcial.

Prós e contras

De acordo com um relatório da Pew Research Center, a maioria dos americanos (72%) concorda com o objetivo de fornecer benefícios diretos para a saúde dos bebês, mas considera as técnicas para estimular a inteligência deles algo que vai longe demais. Entretanto, a porcentagem de aceitação diminui quando se trata de cidadãos religiosos, ficando em 57%.

Entre os cristãos evangélicos, 91% considera que manipular o DNA para deixar a criança mais inteligente inaceitável. O aspecto questionado pelos cristãos é que, antes que a edição genética seja formalizada para uso clínico, ela precisaria passar ainda por mais desenvolvimentos e testes. Isso envolve o uso de embriões humanos como se fossem “ratos de laboratório”, o que viola a sacralidade da vida.

Em 2016, vários veículos de comunicação publicaram alertas sobre pesquisas com embriões humanos. O presidente da Aliança para a Medicina Regenerativa, Edward Lanphier e outros quatro pesquisadores pediram à comunidade mundial para não realizar experimentos nessa linha.

“Não somos ratos de laboratório, muito menos algo como um milho transgênico. Por décadas, os países desenvolvidos debateram a modificação de genes em células reprodutivas e se posicionaram contra isso”, alertou o cientista, na ocasião. Com informações Christianity Today

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