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Eritrocitose – o que é? Tem tratamento?


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O que são eritrócitos?

Eritrócitos (do grego: erythros = vermelho + cyte = célula), hemácias ou glóbulos vermelhos são os corpúsculos vermelhos do sangue. Os eritrócitos são o tipo mais comum de células sanguíneas e o principal meio de fornecer oxigênio aos tecidos do corpo por meio do fluxo sanguíneo através do sistema circulatório.

P U B L I C I D A D E

Os eritrócitos (hemácias) absorvem oxigênio nos pulmões e o liberam nos tecidos enquanto se espremem através dos capilares do corpo. Os glóbulos vermelhos humanos maduros são discos bicôncavos flexíveis e ovais. Faltam a eles um núcleo celular e a maioria das organelas, para que guardem o máximo de espaço para acomodar a hemoglobina. Aproximadamente 2,4 milhões de novos eritrócitos são produzidos por segundo em adultos. Essas células se originam e se desenvolvem na medula óssea e circulam por cerca de 100-120 dias no corpo antes que seus componentes sejam reciclados por macrófagos, principalmente no baço.

Aproximadamente um quarto das células do corpo humano são glóbulos vermelhos (40 a 45%) e em cada 1 mm³ de sangue pode-se encontrar cerca de 5,5 milhões dessas células, em homens, e 4,85 milhões delas, em mulheres. Cada giro pela circulação leva cerca de um minuto.

O citoplasma dos eritrócitos é rico em hemoglobina, uma biomolécula vermelha, responsável pela cor vermelha do sangue, que contém ferro e que pode se ligar ao oxigênio. A membrana celular é composta de proteínas e lipídios e essa estrutura fornece propriedades essenciais para a função celular fisiológica, como mutabilidade de forma e estabilidade ao atravessar o sistema circulatório e, especificamente, a rede capilar.

O que é eritrocitose?

A eritrocitose nem sempre é uma doença em si mesma, mas a manifestação de doenças subjacentes. Em alguns casos é uma resposta fisiológica do organismo à privação de oxigênio. É uma condição na qual o corpo produz eritrócitos (glóbulos vermelhos) em excesso. Ter muitas dessas células pode tornar o sangue mais espesso do que o normal e levar a coágulos sanguíneos e outras complicações. Existem dois tipos de eritrocitose:

  1. A eritrocitose primária, muitas vezes herdada, causada por um problema com as células da medula óssea, estruturas nas quais as hemácias são produzidas.
  2. A eritrocitose secundária, uma condição que pode ser consequente a outras doenças ou ao uso de certas drogas.

Entre 44 a 57 em cada 100.000 pessoas têm eritrocitose primária e o número de pessoas com eritrocitose secundária pode ser ainda maior.

Quais são as causas da eritrocitose?

A eritrocitose primária pode ser transmitida familiarmente, causada por uma mutação em genes que controlam a produção de eritrócitos pela medula óssea e, então, a medula óssea passa a produzir hemácias extras, mesmo quando o corpo não precisa delas. Outra causa de eritrocitose primária é a policitemia vera. Este distúrbio faz com que a medula óssea produza demasiados glóbulos vermelhos.

A eritrocitose secundária é um aumento das hemácias causado por uma doença, condição subjacente ou pelo uso de certas substâncias ou medicamentos. Alguns exemplos são fumar, falta de oxigênio por doenças pulmonares, mudanças bruscas para grandes altitudes, tumores e uso de medicamentos como esteroides e diuréticos. Às vezes, a causa da eritrocitose secundária permanece desconhecida.

Quais são as principais características clínicas da eritrocitose?

Os sinais e sintomas da eritrocitose incluem dores de cabeça, tonturas, falta de ar, hemorragias nasais, aumento da pressão arterial, visão embaçada e coceira. Ter demasiadas hemácias também pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos que, quando se alojam em uma artéria ou veia, podem bloquear o fluxo de sangue para órgãos essenciais, como o coração ou o cérebro, podendo levar a um ataque cardíaco ou derrame cerebral.

Como o médico diagnostica a eritrocitose?

O diagnóstico da eritrocitose começa pela apuração do histórico médico, dos sintomas e do exame físico. Exames de sangue podem ser feitos para medir a contagem de glóbulos vermelhos e os níveis de eritropoietina (EPO). A EPO é um hormônio liberado pelos rins que aumenta a produção de glóbulos vermelhos quando o corpo está com pouco oxigênio. Pessoas com eritrocitose primária têm um baixo nível de EPO e aqueles com eritrocitose secundária podem ter mesmo, em reação, um nível alto de EPO.

O exame de sangue pode ser feito para verificar as porcentagens de hemácias no sangue (hematócrito) e medir a hemoglobina. Um teste chamado oximetria de pulso, feito em uma gota de sangue tomada na ponta dos dedos, mede a quantidade de oxigênio no sangue. Se o médico achar que pode haver um problema na medula óssea, pode ser necessária uma aspiração ou biópsia da medula óssea para exame ao microscópio. Um teste para as mutações genéticas que causam a eritrocitose pode ser realizado para avaliar um caso de eritrocitose.

Como o médico trata a eritrocitose?

O tratamento da eritrocitose visa reduzir o risco de coágulos sanguíneos e aliviar os sintomas, geralmente pela redução dos glóbulos vermelhos. Os tratamentos sintomáticos e preventivos incluem flebotomia (procedimento que remove uma pequena quantidade de sangue para diminuir o número de glóbulos vermelhos) e o uso de medicamentos que ajudem a prevenir coágulos sanguíneos como aspirina, hidroxiureia, busulfan e interferon.

Como evolui em geral a eritrocitose?

Muitas vezes, as condições que causam eritrocitose não podem ser curadas e, sem tratamento, a eritrocitose pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos, ataques cardíacos e derrames. Também pode fazer aumentar o risco de leucemia e outros tipos de câncer no sangue.

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