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Época traz tese de que amiga de Isabele acionou pistola sem saber que estava municiada: tragédia acidental


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A edição desta semana da revista Época tem como reportagem de capa o caso da adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, morta no condomínio Alphavile I, em Cuiabá, no dia 12 de julho. Em cinco páginas, o repórter Ulisses Campbell traz detalhes da noite do crime e dá destaque para uma das linhas de investigação da Polícia Civil para explicar as circunstâncias da morte da garota com um tiro no rosto: a de que a autora do disparo, a amiga da mesma idade, atirou sem saber que a pistola estava municiada.

P U B L I C I D A D E

Com o título “Jovens e armas”, a reportagem ressalta a relação de Isabele com a autora do disparo. No dia do crime, a garota estava na casa da amiga para fazer uma torta de limão como sobremesa do jantar. Ela morreu dentro do banheiro do quarto das filhas do empresário Marcelo Cestari.

A Época relembra que os 4 filhos e o próprio empresário treinavam tiros todas as semanas. A autora do disparo, inclusive, chegou a participar de campeonatos locais, ficando em primeiro lugar. “Rápida no gatilho e boa de mira, era a melhor atiradora entre os irmãos”, diz trecho do texto.

A reportagem ainda conta o que se passou nas horas antes do tiro em Isabele. Relembra o depoimento do namorado da amiga de garota, de 16 anos. O jovem, em duas oportunidades, relatou que foi até a casa dos Cestari mostrar uma pistola de fabricação italiana Tanfoglio, calibre 38, de cor preta. Pouco antes do jantar ser servido, tal arma passou de mão em mão para que todos a experimentassem. Cada membro da família, conforme dados das investigações relatadas pela revista, praticou o que os colecionadores chamam de tiro a seco. Empunharam a arma na sala, miraram a esmo e acionaram o gatilho sem que ela disparasse, já que não estava municiada.

A revista ainda traz que o adolescente de 16 anos, ao abrir a case em que guardaria a arma, se surpreendeu ao ver que uma outra pistola (uma Imbel prata, calibre 38, carregada com 18 balas), de seu pai, também estava na maleta de plástico. O namorado da filha de Cestari diz ter tirado as munições dessa arma e mostrado ao sogro e demais membros da família.

Sob a orientação do pai, o adolescente deixou as armas na casa de Cestari, que, após a saída do genro, pediu para a filha guardar a case no quarto dos pais. Foi então, que segundo o depoimento da garota, ela subiu no segundo andar da casa e, antes de ir para o quarto dos pais, foi chamar por Isabele. Ao bater na porta do banheiro de seu quarto, ela teria se desequilibrado deixando a maleta cair. Ao recolher as armas no chão e se levantar, a Imbel do pai de seu namorado teria disparado acidentalmente.

Como se sabe, os laudos periciais apontam que a arma não poderia ter disparado de forma acidental. Além disso, apontam que o disparo foi feito a uma altura de 1,44 metro do solo e a uma distância de 30 centímetros do rosto de Isabele.

No segundo depoimento, o adolescente que levou as armas até a mansão disse que a namorada não havia visto que ele recarregara a arma de seu pai e travara, antes de colocá-la de volta na case. Por conta disso, a hipótese de que a amiga de Isabele, sem saber que a arma estava carregada, atirou a seco, numa prática frequente entre atiradores e reproduzida pela própria jovem e seus familiares antes do jantar.

Negligência

Segundo a Época, Marcelo Cestari garantiu que a filha nega a hipótese do tiro seco e assumiu parcela de culpa na tragédia por ter sido “negligente” ao deixar a adolescente levar a arma para o armário.

Fonte:https://www.rdnews.com.br/

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