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Embalagem a vácuo e armazenamento sob refrigeração garantem o dobro da vida útil da jabuticaba Sabará


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A brasileiríssima jabuticaba tem lugar cativo nas memórias da infância de muita gente. Para matar a saudade da época em que se comia a fruta embaixo da árvore, muitos moradores das grandes cidades buscam comprar as pequenas esferas pretas, docinhas, em supermercados. O problema é que elas pouco duram em casa. O tempo de armazenamento da fruta é de três a quatro dias após a colheita. Depois disso, o que resta é o gosto de fruta “passada”. Para amenizar o problema, o Polo Regional de Piracicaba, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), desenvolveu pesquisa para avaliar a melhor embalagem e método de armazenamento da jabuticaba Sabará. Normalmente, o período de colheita vai de setembro a outubro. Se bem irrigada, é possível colher o ano todo. A APTA é ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

P U B L I C I D A D E

A pesquisa mostra que a embalagem a vácuo associada à refrigeração é o melhor método para conservação da jabuticaba Sabará, dentre as condições estudadas. Nesta embalagem, a fruta pode atingir até dez dias com suas características e sabor. As caixinhas plásticas – parecidas com as que são comercializados morangos e uvas sem semente – também se mostraram promissoras. Nelas, a jabuticaba dura cerca de seis a sete dias. A venda a granel ou em saquinhos como os usados para comércio das cerejas frescas, por exemplo, se mostraram os mais ineficientes, com duração do fruto por apenas três dias. “O armazenamento também deve ser feito sob temperatura de 1º a 11ºC. Nos supermercados, é necessário expor o produto em prateleiras refrigeradas”, afirma Celina Maria Henrique Fortes, pesquisadora da APTA responsável pelo trabalho.

Celina explica que para atingir esse tempo de armazenamento é necessário que logo após a colheita os frutos sejam selecionados e higienizados. Neste trabalho foi utilizado produto para desinfetar os frutos de contaminantes encontrados no campo. “Esse banho evita deterioração por micro-organismos oriundos do campo. Um fruto contaminado acaba estragando todos os outros. Esse procedimento é bastante simples e deve ser feito com cuidado, para não danificar a casca da jabuticaba. Ao contrário do que se imagina, ela é bastante frágil”, explica a pesquisadora.

O ponto da colheita foi outro fator analisado pelos pesquisadores. De acordo com Celina, são poucos os estudos relacionados à colheita da fruta, mas o trabalho da APTA mostrou que para prolongar a vida útil é importante que a colheita seja feita quando 75% dos frutos já estiverem maduros, ou seja, com o fruto com coloração preta quase total.

Em casa

Para conservar o produto em casa, Celina afirma que a melhor forma é lavar as frutas com água sanitária ou vinagre de álcool e armazenar dentro da geladeira. “Ainda são poucas as propriedades rurais que fazem a produção comercial da jabuticaba. Prevalece no País o consumo de frutas produzidas no quintal. A higienização e conservação na geladeira prolonga vida útil das frutas. Quando a pessoa observar que o fruto pode estragar, é interessante preparar geleias, sucos ou até mesmo licores”, afirma.

O estudo da APTA é realizado desde julho de 2016 e deve ser finalizado em dezembro de 2018. As frutas utilizadas no trabalho foram colhidas em estágio maduro no pomar da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Tietê da APTA e levadas rapidamente para o Laboratório de Agregação de Valor da Agência, em Piracicaba, local em que foram feitos os testes.

Fonte: Assessoria de Imprensa – APTA
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