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Em meio às dúvidas, tudo pela conquista dos turistas sobre os trilhos das marias fumaça da centenária Madeira-Mamoré


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A suspeita de que a Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) tenha virado moeda de troca entre políticos e donos de empresas privadas do ramo de entretenimento e alimentação, na opinião de turistas e intelectuais, “deve ser bem avaliada por autoridades e entidades ligadas à preservação e conservação do patrimônio rondoniense em foco”.

P U B L I C I D A D E

Na Capital Porto Velho, a ausência de intelectuais na audiência do dia 17 e entidades classistas da área, sob a chancela da 5ª Vara Federal (Ambiental e Agrária) – a maioria ocupou cargos na Fundação Cultural (Funcultural), Superintendência Estadual de Turismo (SETUR) e da Secretaria Municipal do Meio e Turismo (SEDESTUR/SEMMA) quase roubou a cena do evento.

Porém, nada foi confirmado durante a audiência na Justiça Federal durante a audiência, mesmo o prefeito Hildon Chaves, tendo demonstrado uma ligeira pressa nas obras que, segundo ele, “têm que acontecer logo”.

Esse fato surpreendeu o acadêmico João Manoel da Silva, 33 anos, do Oeste Paulista, eu e a exortar as partes a se cercar das análises a cargo do perito do IPHAN, Geovane Barcelos, “antes de quaisquer ações pesadas no Complexo Ferroviário”.

O paulistano foi mais além e disse que, “não se faz revitalização de qualquer bem histórico da noite para o dia”. Com conhecimento causa, João é filho de ferroviário da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e diz que, “Geovane analisa cerca de 370 pranchas, que devem levar, no mínimo, seis meses para concluir os trabalhos”.

Apesar dos resultados positivos obtidos na audiência com a Justiça Federal, cujo acordo pode ser considerado histórico e plausível entre os entes interessados, os vagões e locomotivas não podem ser transformados em barracas ou points de venda de churrasquinhos, guloseimas, lanches ou pratos atípicos, “se isso pode ser feito em galpões”, sentencia o entrevistado.

Em entrevistas passadas, agentes municipais, na Capital, já defendiam o princípio de que “tudo que for patrimônio ferroviário e cultural sob a permissão advinda da União deve ser privatizado em nome do fomento ao turismo e do comércio formal”. Essa assertiva não pode ser confirmada.

Para o ex-Contador Carlos Ibanez, 70 anos, em trânsito pela Província de Guayaramérin, entre os lados boliviano e brasileiro, “o melhor exemplo a ser seguido pelas autoridades de Rondônia é o que os europeus estabeleceram para não descaracterizar o patrimônio cultural, histórico, artístico e arquitetônico deles”.

Segundo ele, “desde o Tratado de Petrópolis que possibilitou a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que, brasileiros descaracterizam e desvirtuam sua própria história e cultura no lado rondoniense”. Com o advento do novo projeto de revitalização, ele diz, contudo, que, “as dicas certeiras de turismo e entretenimento que otimizem o principal cartão-postal dos Hermanos porto-velhenses, não são ouvidas nem postas em práticas pelas autoridades”.

Esse é o mesmo pensamento passado por remanescentes de ferroviários que habitam os bairros Santa Luzia, Beira Rio e Serraria, em Guajará-Mirim, palco de quase todos os embates sobre o destino da antiga locomotiva posta à mostra no pátio da Estação Ferroviária, segundo o qual,“reativada a linha férrea até aqui, tão ou mais luxuosos que os ambientes familiares, sob os trilhos, os trens circulando atrairiam roteiros regionais, nacionais e internacionais”.

É com esse gancho de fomento ao turismo e á geração de emprego e renda, na prática, que, o paulista João Manoel e o boliviano Inácio Ibanez, lembram que “falta sensibilidade e vontade política de caráter afirmativo nas autoridades rondonienses para restaurar malha ferroviária entre Porto Velho e Guajará-Mirim”. E dotar de equipamentos infraestruturais, isso sem alterar as características originais do Complexo Ferroviário, eles completaram.

Em linhas gerais, Porto Velho, porém, perde a oportunidade de se integrar à “Indústria Sem Chaminé” (Turismo), apesar de ter luxuosos hotéis, repúblicas estudantis, pensionatos, pousadas, comidas típicas, o boi-bumbá, cirandas, quadrilhas e balneários considerados. Além de não oferecer aos turistas do Planeta roteiros sobre os trilhos onde dantes circularam as “Marias Fumaça”; tendo, ainda, para mostrar ao mundo belíssimas paisagens de um grande sonho para seus passageiros, entre viagens incríveis.

– Tudo isso, além de contarem com o conforto e mordomia no meio da selva amazônica, arremata o hermano Carlos Ibanez.

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