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Em 1 ano, número de detecções de Aids cai quase 60% em Rondônia


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O número de casos de Aids, doença provocada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), caiu 57% em Rondônia entre 2018 e 2019, conforme dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2019, do Ministério da Saúde. Os indicadores apontam que em 2018 foram notificados 323 casos da doença, contra 137 no ano passado em todo o estado.

P U B L I C I D A D E

A incidência atual da Aids na população é de 18,4 casos a cada 100 mil habitantes. A maior ocorrência já registrada foi em 2013, com 25,7 pessoas infectadas por 100 mil habitantes.

Em Rondônia, os homens são maioria no número de casos confirmados. Em 2018, 228 pessoas do sexo masculino foram infectadas, contra 95 do sexo feminino.

No ano seguinte, o quantitativo foi de 97 novas ocorrências entre os homens e 40 entre as mulheres no estado. Coincidentemente, esse balanço também representa déficit de 57% nos grupos analisados.

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde também revelou queda na taxa de detecção do HIV entre gestantes. Em 2019, o caso de mulheres grávidas que vivem com o vírus diminuiu 31% em relação ao ano anterior em Rondônia. Os indicadores apontam que em 2018 foram 74 casos notificados e, no ano passado, 51 novas ocorrências.

A nível municipal, Porto Velho registrou 80 casos da doença em 2019, sendo a cidade com maior número de pessoas infectadas. No ano anterior, o número era de 183 infectados na capital. Ariquemes e Ji-Paraná somaram nove notificações no ano passado, enquanto Vilhena e Cacoal contabilizaram cinco casos.

Âmbito regional

O Norte é a 4ª região do Brasil com maior número de notificações em 2019: foram 2.119 pessoas infectadas com Aids só no ano passado.

Pará lidera o ranking de ocorrências da doença. Foram 1.040 casos apontados em 2019, representando 49% do índice regional. Veja abaixo a relação de casos nos outros estados.

Casos de Aids na Região Norte
Rondônia é o 4ª região que mais apresentou queda nos dados registrados
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Fonte: Ministério da Saúde

Rondônia é a 4ª região dos sete estados do Norte que mais apresentou queda nos dados registrados, representando apenas pouco mais de 6% do número total de notificações em 2019. Nos 39 anos em que se tem registro, é o terceiro estado com mais casos relatados, com 6.202 ocorrências ao todo.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. Existem exames laboratoriais e os testes rápidos no Brasil que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são feitos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nos centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a).

Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136). Além da rede de serviços de saúde, é possível fazer os testes por intermédio de uma Organização da Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo.

Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado.

*Sob supervisão de Mayara Subtil, do G1 RO

G1

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