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Educação Digital, novo conteúdo do Geekie One, capacita alunos e professores para identificar e lidar com fake news e pós-verdade


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Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aponta que cerca de 12 milhões de brasileiros difundem notícias falsas sobre política. Um estudo da TIC Kids Online, aponta que 30% dos jovens não sabem verificar se uma informação na internet está correta. Nesse contexto, a Geekie lança o Geekie One – plataforma de educação personalizada que oferece conteúdo integrado a dinâmicas inovadoras e canais de multimídia que apoiam uma aprendizagem mais significativa. Entre os conteúdos pedagógicos, a Educação Digital que se propõe a ensinar nativos digitais a lidar com os riscos e desafios, além de identificar oportunidades. Notícias falsas e pós-verdade são alguns dos temas abordados.

P U B L I C I D A D E

São Paulo, 21 de maio de 2018 –Quando desafiados a julgar as próprias habilidades na internet, 76% dos jovens brasileiros acreditam saberem mais do que os pais; 71% afirmam conhecer muito sobre como usar a rede – de acordo com a pesquisa TIC Kids Online. Da teoria à prática, na primeira aula da disciplina Educação Digital – que integra o conteúdo da Geekie One, lançado pela Geekie em 2018 –, os alunos de um colégio paulistano não souberam identificar a maior parte das notícias falsas apresentadas pelo professor na dinâmica. Tema do momento, as fake newse o conceito de pós-verdade são parte do conteúdo de uma iniciativa educacional inédita, cuja finalidade é auxiliar jovens, do 6oano do Ensino Fundamental II até o 3oano do Ensino Médio, a lidar com os riscos, as oportunidades e os desafios de estarem conectados.

Os nativos digitais não associam a tecnologia à inovação, como as gerações anteriores o fazem. Enxergam a tecnologia como parte natural do mundo em que vivem – embora essa naturalidade não signifique destreza ou domínio pleno, sobretudo no que diz respeito à interação entre o mundo online e offline. Nesse cenário, cerca de 15 escolas particulares de São Paulo incluíram a Educação Digital no currículo, dada a relevância do tema – preparar novas gerações de brasileiros para lidar com a complexidade da “vida digital”. Habilidades como argumentação, empatia, pensamento crítico e autorreflexão são parte importante desse conteúdo.

Para se ter uma ideia do impacto da temática no futuro do país, o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPOPAI), da Universidade de São Paulo, divulgou um levantamento sobre as fake news, apontando que cerca de 12 milhões de pessoas difundem notícias falsas sobre política no Brasil. Considerando que a média de seguidores por usuário é de 200 pessoas, o alcance de uma notícia pode atingir a totalidade da população brasileira. O cálculo foi feito com base no monitoramento de 500 páginas digitais com conteúdo político falso ou distorcido, compartilhado em junho de 2017. A polarização ideológica, muitas vezes causada justamente por notícias falsas ou imprecisas, pode ser decisiva nas eleições de 2018 – é o que acreditam os especialistas em Comunicação, Direito e áreas associadas à tecnologia. Um estudo da TIC Kids Online aponta, inclusive, que 30% dos jovens admitem que não sabem verificar se uma informação na internet está correta.

Educação digital como instrumento pedagógico de combate às notícias falsas

Segundo Claudio Sassaki, mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da Geekie – empresa brasileira que se tornou referência em educação com apoio de tecnologia –  a educação digital é uma das formas mais eficientes para combater essas distorções e uso equivocado das redes sociais e de aplicativos como WhatsApp. Capacitar o aluno para reconhecer quando se está diante de uma fake newsé muito importante; entretanto, mais significativo é ter senso crítico diante de qualquer informação disponível. Saber o que compartilhar, como agir e se algo é de fato útil para a construção do próprio aprendizado – e da coletividade. A falta dessa reflexão é parte de um movimento que tem gerado conflito e segregação de opiniões na rede.

Na percepção do especialista, educar para a cidadania digital vai além da disseminação da compreensão de conceitos como pegadas digitais, por exemplo. “O aluno tem que ser preparado para ver e compreender a relevância desse conhecimento, entender como as pegadas digitais influenciam na forma como ele será visto na internet; como a reputação online pode influenciar a busca de um emprego ou vaga acadêmica, no futuro. Esse aprendizado envolve disponibilizar insumos para o alcance da cidadania, ou seja, uma aprendizagem significativa e que é muito relevante para o cotidiano desse estudante”, avalia Sassaki.

Na Geekie, a educação digital – representada pela plataforma Geekie One – está pautada no tripé riscos, desafios e oportunidades que o mundo digital proporciona. A condução ocorre dentro de um processo de aprendizagem significativa que leva para a sala de aula casos reais e próximos da vida de cada estudante. Com metodologias ativas, abre-se espaço para discussões sobre fatos reais – casos que agregam valor não apenas ao que é aprendido, mas que impulsionam o protagonismo e aprendizagem colaborativa dentro da sala de aula.

Como resultado, torna-se possível desenvolver competências bastante relevantes na formação de estudantes, alinhadas inclusive à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “O aluno exercita, na sala de aula, a empatia, diálogo, desenvolvimento do pensamento crítico, cooperação e capacidade de resolução de problemas. Essa capacitação tem um potencial incrível que formar cidadãos com escuta ativa e sensibilidade para as questões coletivas”, ressalta Sassaki.

Educação Digital, modo de usar

Preparar os alunos para desbravar desafios ainda não conhecidos para lidar com tecnologias que ainda não foram criadas e para que possam exercer profissões que, talvez, ainda serão inventadas. De acordo com a Dell Technologies, 85% das profissões que teremos em 2030 ainda não existem. Em paralelo, o educador precisa provocar o diálogo, o olhar crítico e assumir o compromisso do desenvolvimento de uma cidadania que se dá, também, no ambiente digital.

Segundo Leandro Carabet, Designer Pedagógico da Geekie, a Educação Digital está apoiado em unidades temáticas: identidade online(os alunos analisam de que modo as pessoas assumem e constroem a própria identidade e reputação na internet, refletindo os impactos no presente e futuro); tecnologia e bem-estar(conteúdo sobre possíveis interferências da tecnologia na saúde física e psicológica e estimula o aluno a desenvolver hábitos mais saudáveis de uso da tecnologia); segurança e privacidade(capacitar para identificar as ameaças na internet às informações pessoais e aprender a desenvolver estratégias e hábitos para reverter a ingenuidade); cidadania digital(os alunos discutem os principais dilemas éticos da rede, refletindo sobre direitos, responsabilidades e crimes); comunicação digital e relacionamentos(os alunos estabelecem um paralelo entre a comunicação online e off-line para refletirem sobre o diálogo e envolvimento das pessoas na rede); e cultura digital(discutem sobre as principais tendências e atualidades da internet e de comportamento no ambiente digital, bem como suas implicações sociais).

Cada uma das unidades é trabalhada ao longo dos anos escolares de forma espiral e tratadas em diferentes contextos e situações – progressivamente, dos mais complexos e reflexivos modos. A proposta estimula o diálogo aberto para tratar de assuntos como perfil online; construção da autoimagem na rede; contas seguras e sites confiáveis; limites da privacidade online (assédio); publicidade no digital; história da internet; comunicação face a face e comunicação online; vício em tecnologia; impacto da tecnologia na saúde; cyberbulling; denúncia e comunidades de apoio – são exemplos dos temas abordados com os alunos do 9oano. Na 1asérie do Ensino Médio, o conteúdo programático versa sobre cultura digital; identidade online; perfis fakes e anonimato; notícias fake; estratégias de busca e avaliação das fontes; navegação segura; linguagens; preconceito, intolerância e discurso de ódio online; games; realidade virtual; foco, distrações e phubbing; tecnologia e ansiedade; conteúdo adulto: exposição e riscos; e limites da privacidade online: nudes, por exemplo.

Para o 2oe 3oanos, os temas são mais complexos como marco civil e direitos online; limites da privacidade online: hackers; pirataria; cultura do remix; direitos autorais; relacionamentos amorosos online e sexting; comunicação profissional online (email, entrevistas, redes sociais); transações financeiras; big data; crimes online; inteligência artificial; entre outros.

“Soma-se a um conteúdo relevante, a participação ativa dos alunos. Não se trata de uma transmissão, mas do ensino com o objetivo de compreensão. Cada aula tem um aprendizado e começa com uma lista de objetivos a serem atingidos; ao final, um feedback dos alunos sobre o nível de entendimento”, afirma. Como exemplo, no conteúdo sobre fake news e pós-verdade, a expectativa de aprendizagem acordada por professor e alunos é compreender o significado e as consequências da disseminação das notícias falsas na internet para a sociedade; desenvolver um pensamento crítico sobre as informações disseminadas em redes sociais a fim de detectar conteúdos dúbios ou enganosos: e conhecer mecanismos e projetos que têm sido criados para combater a disseminação de conteúdo falso. “O importante não é somente assimilar o conteúdo, como saber lidar com ele em um contexto de vivência prática”, explica Carabet, acrescentando que a metodologia é inspirada no Project Zero – codirigido pelo professor Howard Gardner, da Universidade de Harvard.

Segundo Claudio Sassaki, a metodologia do Project Zero é inspiradora. Com um grupo multidisciplinar, Gardner pesquisa há mais de 30 anos processos de aprendizagem de adultos e crianças na busca de criar formas mais abrangentes de efetivas de educação. “Como resultado, uma metodologia que relaciona inteligências, compreensão e ensino – o ensino para a compreensão. Quem compreende pode pensar, agir e sentir a partir do que aprendeu”, afirma acrescentando que “abraçando as individualidades do estudante, podemos alcançar aprendizados significativos e contribuir para a formação de um jovem preparado para os desafios do futuro.”

DICAS PARA IDENTIFICAR NOTÍCIAS FALSAS

Descubra se você está preso a uma bolha virtual de conteúdo

Ao acessar uma rede social comece a notar com qual frequência você lê postagens sobre um mesmo assunto. Verifique se as publicações que acessa ou interage são sempre feitas pelas mesmas pessoas, páginas ou grupos. A recorrência de uma mesma visão de mundo pode indicar que você faz parte de uma bolha virtual de conteúdo.

Reflita sobre as escolhas de perfis que costuma seguir

Quais são os critérios que você usa para seguir um perfil que divulga notícias e opiniões nas redes sociais? Se costuma acompanhar quem pensa exatamente como você, reveja essa prática. Procure construir uma rede com diferentes pontos de vista a respeito de um determinado assunto. A tendência é estabelecermos conexões com o potencial de reforçar nossas crenças e gostos pessoais. Fuja dela.

Pesquise sobre a fonte das informações que recebe pela internet

Ao se deparar com uma notícia, verifique a confiabilidade da fonte da informação. Procure responder a algumas perguntas simples:

– Existem mais sites que você conhece reportando o mesmo acontecimento? Em caso negativo, desconfie da notícia.

– A notícia está amparada em fatos objetivos, depoimentos de testemunhas e falas de especialistas respeitados?

– O título da notícia é incompleto e usa verbos imperativos para que você clique na publicação? Como, por exemplo: “Papa Francisco anuncia apoio a candidato à Presidência dos Estados Unidos. Veja quem foi o escolhido”. Se a resposta for sim, desconfie.

– O título da notícia é categórico e sensacionalista? Exemplo: “Confirmado pelo MEC – Universidades públicas serão extintas por todo o país.” Nesse caso é bem provável que o conteúdo seja falso ou impreciso.

– Qual é o histórico do site que está publicando a notícia? Visite seções como “Contato” e “Sobre nós” e confira o currículo dos profissionais que assinam as reportagens. Se os artigos não estiverem assinados, fique alerta.

– Qual é a qualidade dos textos publicados? Erros gramaticais, letras em caixa alta e pontos de exclamação podem indicar que a notícia é falsa. Imagens distorcidas ou com baixa qualidade também são sinais que devem ser considerados.

– A notícia divulgada por um site ou personalidade que trabalha com humor? Observe o tom da publicação e analise a proposta editorial de quem está distribuindo o conteúdo. Você pode estar diante de uma brincadeira.

– O site possui uma grande quantidade de anúncios publicitários que poluem a tela e interrompem a leitura cada momento? Provavelmente, o objetivo desse site é ganhar dinheiro às suas custas. Fuja desse tipo de ambiente.

– Qual é a data da notícia? Identifique se a notícia pode ter acontecido, de fato, quando a informação foi reportada.

Se ainda tiver dúvidas a respeito da veracidade da informação, recorra a organizações que trabalham com a verificação de fatos (fact-checking). No Brasil, existem alguns sites que fazem esse trabalho como a Agência Lupa, Aos Fatos e Agência Pública. O papel dessas entidades é apoiar na checagem de dados, falas de políticos e acontecimentos; e promover o combate à desinformação. Outros sites conhecidos que se dedicam a investigar boatos na internet são: Boatos.org e E-Farsas. Plataformas digitais – Google e Facebook – adotaram medidas para combater as notícias falsas. O Google, por exemplo, criou um selo de verificação de fatos para alguns artigos exibidos pelo Google Notícias. O selo identifica reportagens cujas informações tenham sido verificadas pelos próprios veículos de mídia ou por organizações especializadas em checagem.

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