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Dia Mundial do Rim: saúde renal começa na infância


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saúde do rim deve compreender prevenção e tratamento precoce ainda nos primeiros meses de vida
 

P U B L I C I D A D E

Em 14 de março, a Sociedade Brasileira de Nefrologia celebra o Dia Mundial do Rim, em consonância com demais entidades afins no mundo, como a Internacional Society Of Nephrology (ISN) e a International Federation of Kidney Foundations (IFKF). Com o tema Saúde renal para todos, em todo lugar”, as ações das entidades reforçam a necessidade de políticas de saúde para atender portadores de doença renal crônica, que gera cerca de 2,4 milhões de mortes por ano no mundo. De acordo com a nefrologista pediátrica membro da SNB/SBP e da MBA Pediatria, Dra Maria Cristina de Andrade, o alerta é importante e merece atenção especial com relação às crianças, grupo cada vez mais presente no universo de doentes renais, o que leva a um grande impacto sobre seu desenvolvimento. “É um público que precisa ser atendido tanto com relação a medidas preventivas quanto ao atendimento especializado”, relata.

No público infantil, o índice tem aumentando a partir de mudanças de hábitos de familiares, pelo incremento de obesidade e doenças associadas a ela, já na infância, como o consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sódio, baixa ingestão de água, além do sedentarismo, que ultimamente aumentou muito pelo uso descontrolado de celulares. Esta doença pode também ocorrer por problemas hereditários, como a doença policística dos rins ou malformações.

A nefrologista explica que a doença renal crônica é complexa, de evolução progressiva e sem cura, a partir de lesão nos rins, e sua perda gradativa da capacidade de filtrar as impurezas do organismo. “A partir daí, a disfunção segue com consequências em cascata que comprometem o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social das crianças, com alto risco de mortalidade em médio e longo prazo”, explica Dra. Maria Cristina.

O diagnóstico das doenças renais nas crianças pode ser realizado desde a sua gestação, (ainda intra-útero), com a identificação de algum comprometimento do trato urinário do bebê em exames de pré-natal, que podem se somar ao relato da mãe sobre histórico de casos na família.

Dentre alguns dos sintomas iniciais da doença estão: atraso no crescimento, anorexia, vômitos, sede exagerada e alteração do padrão miccional. Já nos casos avançados, os sinais mais evidentes são a baixa estatura, seguida de deformidades ósseas, anemia resistente ao tratamento com ferro, cefaleia e vômitos secundários à hipertensão arterial. Os exames de rotina são importantes, sobretudo quando não há sintomas aparentes.

A Dra. Maria Cristina informa que quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores serão os resultados de tratamento de base da doença e de suas consequências, que variam de acordo com seu estágio, e podem compor medicamentos específicos, terapia dialítica e transplante renal.

           

Fonte para entrevista 
Dra. Maria Cristina de Andrade – CRM 55067/SP

Mestre e doutora em pediatria pela Unifesp/EPM, especialista em pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com área de atuação em Nefrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Com estágio no exterior como parte da pós-graduação pela Pediatric Nephrology Service da University of California – Los Angeles (UCLA), a Dra. Maria Cristina atua desde 1998 como nefrologista pediátrica do Hospital São Paulo (Unifesp), orientando residentes de pediatria e de nefrologia pediátrica. É professora adjunta do departamento de pediatria do curso de medicina da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), com atividades didáticas na graduação. É autora do livro “Nefrologia para Pediatras” e ministra palestras em congressos da especialidade.
 

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