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Deputado Jair Montes preside audiência pública para discutir turismo de pesca em Rondônia


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O parlamentar propôs que Jaci Paraná seja considerada a capital da pesca esportiva no Estado

O deputado Jair Montes (Avante) presidiu no plenário da Assembleia Legislativa audiência pública para discutir o turismo da pesca em Rondônia, visando a criação do corredor da pesca esportiva, passando pela Bolívia. Ele explicou que agora a população está consumindo mais.

P U B L I C I D A D E

O parlamentar citou que antes da pandemia muitas pessoas guardavam dinheiro como se fosse imortais, mas hoje estão andando mais, desestressando mais, e a pesca esportiva é uma excelente opção de lazer e turismo.

“Estive em Manaus e vi muitos japoneses, chineses e norte-americanos. Precisamos aproveitar o potencial da pesca esportiva. Não temos o controle dos turistas que vêm aqui em Rondônia, mas vamos começar por Jaci Paraná como capital da pesca esportiva do Estado”, propôs o deputado Jair Montes.

No painel eletrônico do plenário foram colocadas imagens de portais citando Jaci Paraná como a capital da pesca esportiva. O parlamentar disse que pode disponibilizar uma emenda para a Superintendência de Turismo para que o portal seja confeccionado.

“Queremos criar uma frente parlamentar formada por deputados e vereadores. Quem tiver afinidade pode fazer parte conosco. Em Jaci o visitante pode tranquilamente ficar alguns dias praticando pesca turística”, afirmou o deputado Jair Montes.

O presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Bolívia, Jorge Chaves, disse haver uma grande abertura na Bolívia para o turismo binacional, pois existe um rio que não separa, mas une o país vizinho ao Brasil. Ele afirmou ver com entusiasmo o potencial para uma aliança entre o Departamento de Beni e Rondônia.

“É importante essas ideias partirem do povo fronteiriço, para depois envolver os governos de ambos os países. Quero felicitar a ideia de trazer o turismo e riquezas para Brasil e Bolívia. A borracha já foi a principal fonte de riquezas dessa região, e em um momento isso nos dividiu, mas agora é o momento de trabalharmos juntos”, adiantou Jorge Chaves.

Ele pediu apoio para a reestruturação do que havia na Cachuela Esperanza, que na época da extração do látex para a confecção da borracha era responsável por 30% da arrecadação de tributos pelo governo boliviano. Foi exibido um vídeo elaborado pelo Departamento do Beni, mostrando imagens históricas do local.

O Conselheiro da Federação do Comércio de Rondônia (Fecomércio), Cláudio Higashi, disse ser preciso pensar primeiro em preservar a natureza e depois nas riquezas para o Estado. Mas é necessário também, segundo ele, manter o sustento de pescadores tradicionais, “mas de forma legal, sem interromper a cadeia produtiva. Isso será fundamental para a manutenção da pesca hoje e no futuro.”

O chefe de fiscalização da proteção ambiental da Sedam, Marcos Trindade, disse que a secretaria é procurada por ribeirinhos e pelo segmento hoteleiro, que buscam políticas públicas para exploração dos recursos naturais. “Damos muito foco ao potencial pesqueiro, pois temos risco de extinção de espécies. Essas espécies têm sido vítimas de exploração, como é o caso do pirarucu”, destacou.

Posteriormente foi exibido um vídeo com atividades da fiscalização, mostrando apreensão de animais silvestres capturados irregularmente, como tracajás.

O chefe substituto da divisão técnica do Ibama, Ricardo Alexandre, disse que a pesca não predatória é bem vista, assim como o incentivo ao turismo. Ele afirmou que em um mundo ideal a fiscalização sairia em campo e não encontraria ilícitos.

O superintendente do Sebrae, Daniel Pereira, agradeceu ao deputado Jair Montes pela iniciativa de propor a audiência pública. “Ele teve a inspiração para desenvolver essa atividade quando aceitou um convite nosso para conhecer o flutuante Karipuna. O Sebrae tem trabalhado uma série de agendas, como o projeto líderes, que visa a capacitação de grupos de líderes para definir áreas de atuação, onde consta o turismo”, detalhou.

De acordo com Daniel Pereira, o melhor turismo é o ligado à natureza. Ele destacou a necessidade de ter atrativos. “Temos os recursos naturais, principalmente a pesca. Em muitos países existem pessoas apaixonadas pela pesca esportiva. Em poucos dias havia aqui dois turistas que são especialistas em pesca em alto mar. Vamos falar que temos o maior corredor pesqueiro do mundo, com os rios Guaporé, Mamoré e Madeira, envolvendo a Bolívia”, especificou.

Ele afirmou, ainda, que existem outros corredores pesqueiros em Rondônia, que precisam ser divulgados em países como os Estados Unidos. “Temos um potencial muito grande e precisamos colocar a mão na massa, divulgando também a história do Estado. Na Bolívia, na Cachuela Esperanza, o empresário usava o rio Madeira, antes de existir a estrada de ferro, para retirar o látex daquela região”, citou.

Após o pronunciamento foram exibidos vídeos elaborados pelo Sebrae mostrando o potencial turístico de Rondônia.

O superintendente estadual de Turismo, Gilvan José Pereira Júnior, fez uma ampla explanação sobre projetos realizados em Rondônia, desde o começo de 2019, para fortalecer o setor da pesca esportiva.

Ele disse que a pandemia paralisou algumas iniciativas que serão retomadas em 2022. O orador frisou que Rondônia já sente os reflexos positivos dos investimentos feitos na área.

Gilvan Pereira Júnior destacou as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Estado. Citou, ainda, campeonatos de pesca, cursos, pesquisas e feiras que já foram executados e anunciou vários projetos para o próximo ano, em um grande marketing para atrair o turista para a modalidade da pesca esportiva no Estado.

O representante indígena Rubens Suruí afirmou que o turismo, apesar de ser pouco mostrado, é muito importante para o desenvolvimento do Estado. Ele está desenvolvendo um levantamento na Terra Indígena (TI) 7 de Setembro, sobre um trabalho turístico que já está em curso mostrando a cultura dos índios, para que a atividade seja estendida a outras TIs.

O jornalista, advogado e ativista ambiental Hércules Góes, autor de alguns livros sobre a Amazônia, ressaltou as potencialidades econômicas de Rondônia.

Criador também do primeiro jornal sobre ecoturismo no Brasil, ele disse que Rondônia é a Amazônia. “E a Amazônia já está pronta. É uma marca nossa que precisa ser melhor explorada”, acrescentou, destacando também as belezas naturais do Estado.

Texto: Nilton Salina-ALE/RO

 

 

 

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