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Darcy Ribeiro, herói da Pátria.


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No ano de 2022 comemorar-se-á o centenário de nascimento do filho mais ilustre da cidade mineira de Montes Claros: o cidadão do mundo, Darcy Ribeiro.

P U B L I C I D A D E

Adjetivações não as faltam. Sua existência atingiu o mais elevado grau de fecundidade que germinaram e germinam frutos proveitosos para o Brasil e para o mundo; afinal, Darcy Ribeiro se caracterizou como um dos mais ilustres semeadores de utopias e realizações.

Caso raro de humanidade, Darcy foi uma pessoa transbordante, que não se circundou apenas no seu tempo e vai mais além com seus legados, inquietações e paixões.

Por estas razões inúmeras honrarias foram concedidas em diversos países, seus livros traduzidos em vários idiomas, seus sonhos sonhados e realizados em múltiplas nações, e sua ausência física sentida em diversos povos.

Inconformado em suas inquietudes tentou salvar os índios, as crianças, o vindouro e “fracassou”, segundo sua perspectiva, mas sentenciou que odiaria estar no lugar de seus vencedores. Condenação que a própria História se encarregou de implacavelmente marcar, pois celebramos Darcy e não seus medíocres adversários.

Indignado, jamais se resignou. Viveu a intensidade da existência em causas e projetos.

Semeou humanidades e conheceu gentidades na sua busca incessante de desvendar os mistérios dos homens.

Obsessivo na sua angústia de construir a Nova Roma deste novo gênero humano – que é o brasileiro – segundo sua visão antropológica, criou escolas, universidades, saberes e enfrentou como ninguém a ignorância.

Não se curvou ao projeto elitista de uma escola fracassada e da manutenção da ordem social sagrada imutável.

Darcy Ribeiro foi único: iluminado e diferenciado está no panteão da brasilidade, de a nossa cepa mais ilustre como pensador e realizador.

 Desfilou seu desassossego nas passarelas que a vida lhe proporcionou: do épico ao popular idealizou e construiu a Passarela do Samba para a maior festa popular do mundo e, genialmente, também fez desta passarela as alamedas do saber, afinal o sambódromo também é um “escolódromo.”

Fiel às matrizes originárias na construção do nosso povo foi a voz, os ouvidos e o sonhos do Marechal Rondon. O Parque Nacional do Xingu o reverencia assim como todas as etnias, línguas e costumes o tem como amigo e como defensor.

Razões de enaltecimento não faltam e admiração aos seus frutos são enormes.

Imortal nos presentou com Maíra, Utopia Selvagem, Migo e o Mulo, obras que elevam a existência e o perpetua em nossa língua, em nossa literatura e em nossa boniteza.

Seu nascimento é o ensejo de comemoração, reflexão e de chamamento para suas lutas e como homenagem a este Brasileiro, o deputado Federal Chico D´Angelo (PDT-RJ) apresentou um Projeto de Lei que está em tramitação na Câmara dos Deputados para inscrever o nome de Darcy Ribeiro no livro de aço dos Heróis e das Heroínas da Pátria.

Iniciativa esta que extrapola os aspectos ideológicos e partidários. Transcende a política,  engradece a brasilidade, afinal Darcy Ribeiro foi e é a síntese desta brasilidade elevada, sublime e extraordinária. Afinal como ele mesmo dizia: “Sou um homem de fazimentos.”

Viva Darcy Ribeiro, herói da pátria !!!

Henrique Matthiesen

Formado em Direito

Pós-Graduado em Sociologia.

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