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“Cristão sem igreja não faz o menor sentido”, alerta Luiz Sayão – Por Cris Beloni


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Pastor acredita que o movimento dos “desigrejados” tem sido um dos maiores problemas para a igreja atual.

P U B L I C I D A D E

“Segundo a Bíblia, o cristão sem igreja é um herege”, disse o pastor Luiz Sayão em artigo divulgado pela Igreja Batista Nações Unidas (IBNU), da qual é fundador. Para ele, o fenômeno “desigrejados” ou “cristianismo sem igreja” tem sido o maior problema que aflige a atual comunidade cristã.

“Um desigrejado é um crente confesso que desistiu da igreja e geralmente questiona sua legitimidade em função de experiências difíceis e traumáticas”, comentou. Mas essa onda que surgiu na atualidade pode resultar num cristianismo “individualista e despersonalizado”, apontou.

“Muitos fogem da igreja, pois querem evitar desconfortos e problemas”, disse ao se referir às pessoas que buscam uma felicidade imediata. Existem muitos acreditando que “quem tem Jesus não sofre mais”.

Além disso, grande parte da espiritualidade de hoje é voltada para experiências individuais e emocionais. “É quase um narcisismo místico”, continuou. Em vez de priorizar atitudes virtuosas como perdoar ou ser um bom cidadão, as pessoas dão mais importância a certos sentimentos.

“Sentir arrepios na coluna, ter muita paz no coração, gritar no louvor e desmaiar de tanto poder, tornaram-se sinais de grande espiritualidade”, lamentou Sayão. Sem contar que boa parte dos desigrejados rejeita a autoridade.

“Há muita gente que não quer fazer parte da igreja, por não aceitar submeter-se a nenhuma autoridade. É o grito da independência indevida. Muitas são as pessoas que não querem prestar contas da vida a ninguém”, explicou. Com isso vivem trocando de igreja e não ficam em lugar nenhum.

Consumismo da fé

“Muitos hoje enxergam a igreja, e o próprio evangelho, como uma mercadoria a ser consumida. Não têm compromisso e procuram igrejas como um cliente”, observa.

“Numa comunidade eles ‘consomem’ a boa mensagem do culto. Em outra ‘compram’ o louvor mais animado, e ainda numa terceira ‘desfrutam’ da escola bíblica para adquirir mais informações”, enumera.

Esses consumidores da fé são pessoas que não se veem como servos que devem doar-se para o Reino. “Querem apenas ser agradadas e até mesmo mimadas. Não enxergam o conceito bíblico de corpo, de coletividade; não conseguem ver que a obra de Deus é sustentada pelo esforço de todos”, completou.

“A única esperança para o mundo é a igreja, segundo o ensino bíblico. O corpo de Cristo é o único meio pelo qual Cristo age no mundo”, destacou.

Igreja continua crescendo

Apesar de tantas perseguições, divisões e muitas heresias, a igreja de Cristo continua viva e forte em nossos dias. A verdade é que milhões de pessoas estão se convertendo a Cristo anualmente em todo o mundo.

“A igreja cresce como nunca, principalmente em ambientes hostis e inesperados. É impressionante. É o maior crescimento geográfico e numérico da história da fé. Todavia, as lutas externas e internas dessa mesma igreja são inúmeras”, disse.

“Jesus enfatizou a importância do grupo e da comunidade quando afirmou que está presente entre dois ou três reunidos em seu nome. Como é possível perdoar o outro se me isolo? Como posso desenvolver o meu dom espiritual se vivo sozinho? Como realizar a missão sem a comunidade da fé? Como crescer espiritualmente sem fazer parte de uma igreja? Cristão sem igreja não faz o mínimo sentido”, concluiu.

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