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CPI deve questionar auditor do TCU nesta quinta sobre relatório falso; servidor pode ficar calado


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A CPI da Covid ouvirá nesta quinta-feira (17) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), e deverá questioná-lo sobre o relatório falso que apontou suposta “supernotificação” de mortes por Covid no Brasil.

P U B L I C I D A D E

Alexandre Silva Marques, no entanto, obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado durante o depoimento. Se optar por responder a questionamentos, não poderá “faltar com a verdade”.

A convocação do servidor foi aprovada em razão da suspeita de que ele tenha produzido um relatório falso, mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro a apoiadores, que apontava suposta “supernotificação” de mortes por Covid no Brasil.

Após Bolsonaro ter mencionado esse relatório, atribuindo os dados ao TCU, o tribunal desmentiu o presidente, afirmando que o documento não era da Corte. Um dia depois, o tribunal reforçou que o relatório falso refletia somente a “análise pessoal” do servidor.

Além disso, Silva Marques foi afastado de suas funções, e o TCU pediu à Polícia Federal que investigue o caso.

A defesa do servidor pediu ao STF que ele pudesse ficar calado durante o depoimento à CPI. Ao analisar o caso, o ministro Gilmar Mendes atendeu ao pedido, afirmando que o entendimento do STF é o de que “é assegurado o direito de o investigado não se incriminar perante a Comissões Parlamentares de Inquérito”.

Carlos Wizard

O depoimento do empresário Carlos Wizard também está marcado para esta quinta-feira.

A defesa dele, no entanto, informou à CPI que Wizard está nos Estados Unidos e pediu que ele fosse ouvido por meio virtual, proposta rejeitada pela comissão.

Segundo o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a comissão poderá pedir a condução coercitiva do empresário se Wizard não comparecer nesta quinta. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, concedeu a Wizard o direito de ficar calado.

Integrantes da CPI suspeitam que ele tenha integrado o “gabinete paralelo”, que teria aconselhado Bolsonaro em assuntos relacionados à pandemia.

Nesta quarta (16), a comissão quebrou os sigilos de Carlos Wizard.

G1.globo.com

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