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Agronegócios

CORONAVÍRUS: Confinamento começa a afetar preço do milho


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O preço do milho começou a cair no mercado brasileiro, afetado pela forte redução do consumo de etanol no País, revela a T&F Consultoria Agroeconômica: “Uma informação muito importante que recebemos de Santa Catarina e fomos confirmar no Mato Grosso é a seguinte: com esta história de recolhimento domiciliar forçado, o consumo de etanol caiu cerca de 50% em uma semana”.

P U B L I C I D A D E

Com isto, algumas usinas produtoras de etanol do Mato Grosso estão revendendo partes do seu estoque de milho enquanto os preços ainda estão elevados. “Confirmamos com o próprio comprador uma venda de 10.000 toneladas de milho de uma usina de etanol do MT hoje para uma empresa produtora de aves”, aponta a T&F.

“Outra informação que confirma a cumieira do mercado foi a seguinte: na segunda feira uma cerealista de Santa Catarina vendeu 2.000 toneladas de milho para um comprador local a R$ 52,00/saca CIF. Hoje, quarta-feira, esta mesma cerealista vendeu 2.200 toneladas para um comprador de Erechim, a 200 km de distância a R$ 51,50 CIF”, complementa.

De acordo com um corretor do Centro-Oeste, as usinas de etanol estão “ofertando em peso no mercado. As grandes fizeram bons volumes e hoje continuam mais ofertas: em Sinop foram feitas 30.000 toneladas de milho spot a R$ 40,00 FOB mais ICMS; em Lucas do Rio Verde 30.000 toneladas de milho disponível também a R$ 40,00 FOB, mais ICMS”.

Segundo os analistas da T&F, esses dois fatos não são fatos isolados: “São parte de um contexto real, maior, que está acontecendo no mercado hoje. Tem gente que já está percebendo a situação e se posicionando, embora muitos outros ainda estejam acreditando em possíveis altas no mercado, como alguns vendedores de milho do Mato Grosso do Sul com quem falamos”.

Os especialistas ressaltam que o preço do milho pode cair. “Não muito, porque está em falta, mas um pouco e, se voltar a subir, não deverá ultrapassar muito os níveis atuais. O que nos leva a aconselhar a venda, sem pânico, para não derreter o preço”, apontam. Os fatores que demonstram o viés de queda seriam a queda do dólar, que deprecia a exportação do grão e das carnes, e a menor demanda por etanol a curto prazo.

Por outro lado, os fatores de alta que continuarão presentes no mercado são: Falta de produto, pois não há mais quase milho disponível nem no MT, nem no MS. Há ainda os preços altos das carnes, que possibilitam pagar melhor pelo milho.

Fonte: Agrolink

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