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Córneas doadas por cantor atropelado na Valley ficam em MT: “Alguém da nossa terra vai ver pelos olhos do meu filho”


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Regina Viveiros, mãe do cantor sertanejo Ramon Alcides Viveiros, atropelado no dia 23 de dezembro em frente à Valley Pub, na avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, respondeu em seu Instagram algumas dúvidas sobre a doação de órgãos do universitário. Ela contou que, neste momento, não tem interesse de saber para onde eles foram, mas revelou que as córneas do jovem ficarão no Estado: “Alguém da nossa terra vai estar olhando o Estado que tanto amo pelos olhos do meu filho”.

P U B L I C I D A D E

 
“Estão me questionando bastante sobre a localidade para que foram os órgãos. É uma informação que eu não busco e não sei se o farei. Isso depende também da decisão dos meus filhos, mas são informações sigilosas. Pra mim, isso é irrelevante neste momento. O que importa, e peço que façam o mesmo, é que orem para as pessoas que receberam os órgãos para que se recuperem e que haja sucesso no procedimento. Para mim, é fundamental que eles possam seguir a vida. Quem e onde, não é a minha prioridade no momento”, comentou Regina Viveiros.

 

A mãe de Ramon ainda relatou que “a única coisa que posso dizer é que as córneas dele permaneceram no banco de olhos daqui. Então, alguém aqui da nossa terra vai estar olhando o Estado que tanto amo pelos olhos do meu filho. A gente sabe que não é exatamente deste jeito, mas podemos dizer que tem um pouquinho de mim e do meu filho no olhar de alguém”.
 
Por fim, Regina explicou que tem tentado voltar a sua rotina, após a tragédia: “Estou tentando voltar. Jamais serei a mesma pessoa, mas tentarei ser alguém melhor. Grata a todos”.
 
A doação de órgãos era um desejo do cantor sertanejo, que foi cumprido pela família. Após o procedimento de retirada, Ramon Alcides foi cremado: “É uma forma de prestar homenagem a ele, pelo gesto grandioso dele. A família só foi executora dos desejos que ele sempre expressou”, disse a mãe.
 
Ramón teve morte cerebral confirmada no dia 28 de dezembro. Ele e mais duas amigas foram atropelados pela professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, 33.
 
Além de Ramón, também se feriu Hya Giroto Santos, 21, que segue internado em estado grave no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. A outra vítima, Myllena de Lacerda Inocêncio, morreu no local do acidente.
 
No dia 24, a professora passou por audiência de custódia, pagou R$9,5 mil e foi liberada. Rafaela dirigia uma caminhonete no sentido bairro / centro quando atropelou as três vítimas. Ela ainda bateu em um Gol que estava estacionado. Quando a equipe da Deletran chegou, a condutora já estava detida na viatura da Polícia Militar.
 
A equipe solicitou o teste de etilômetro à condutora, que apresentava sinais visíveis de embriaguez, porém, ela recusou-se a fazer o teste.
 
Diante disso, a PJC elaborou no local do acidente o auto de constatação de embriaguez da condutora da caminhonete, e a levou até o IML para realização do exame clínico, que não detectou embriaguez. 

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