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Consumidor passou a procurar cafés mais sustentáveis


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O que impactou a pandemia no consumo de café, realizado nesta quarta-feira (10) na Semana Internacional do Café (SIC), discutiu as mudanças de comportamento dos consumidores nos últimos dois anos e como será o comportamento daqui para frente. O aumento do consumo em casa e a procura por produtos com mais valor agregado são algumas das apostas. O evento acontece até sexta-feira (12), no Expominas em Belo Horizonte (MG).

P U B L I C I D A D E

James T. Mclaughlin Jr., CEO da Intelligentsia Coffee, a empresa americana que foi pioneira nos ideais de qualidade, transparência e inovação na indústria do café, diz que houve um aumento expressivo da demanda por cafés de mais qualidade nas regiões dos subúrbios nos Estados Unidos, onde estão concentradas a maior parte das residências.  Para ele, as tendências da pandemia vieram para ficar. “Os consumidores vão querer cada vez mais consumir cafés de qualidade de maneira mais convenientes, a exemplo dos cafés solúveis que vem melhorando cada vez mais”, explica.

Além disso, Mclaughlin acredita que com consumidores trabalhando mais em home office ou pelo sistema híbrido, o aumento do consumo nas cafeterias também tende a crescer. “Muitas pessoas vão querer mudar um pouco de ambiente e então vão trabalhar por uma ou duas horas em uma cafeteria”, aposta.

Rodrigo Mattos, analista de bebidas quentes da Euromonitor International, explica que ao contrário dos Estados Unidos e da Alemanha, o crescimento do consumo de café em casa não cresceu exponencialmente no Brasil, pois já havia esse hábito. Nos outros dois países, boa parte do consumo se dava nas cafeterias e com a pandemia os consumidores passaram a consumir o produto em casa.

“A linha de consumo do Brasil é uma das mais fortes em comparação com o mundo do crescimento do consumo do café, e na minha opinião muito vindo do café especial. Apesar de nos termos um mercado maduro de café, existe espaço para o crescimento do consumo”, diz Mattos.

Atualmente, o Brasil consome 14,6% de todo o café consumido no mundo. A busca por cafés especiais e orgânicos deve crescer devido a preocupação crescente dos consumidores com questões ambientais e de impacto social. Em uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, 78% dos consumidores brasileiros responderam que tentam ter um impacto positivo no meio ambiente através de ações diárias. Porém, os custos mais elevados dos produtos orgânicos ainda são um empecilho para o aumento da procura pelos consumidores, sendo atualmente um mercado de nicho.

Toss it and forget it

Para Mattos, uma das grande tendência de consumo é a opção por embalagens mais sustentáveis. “O consumidor busca a possiblidade de jogar fora o produto ou a embalagem sem culpa. Essa tendência está principalmente associada a opções biodegradáveis, já as compostáveis, apesar de boas, ainda não fazem parte da vida do consumidor médio”, explica.

Opções como papel ou outros produtos orgânicos para embalagens ou apenas abolir o uso delas como tem feito a marca indiana de chás Woolah Tea, parecem ser tendência.

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