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Conservação do Pantanal é tema de encontro nacional sediado pela 1ª vez em MT


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O Encontro da Carta Caiman, realizado pela primeira vez em Mato Grosso, ocorreu, nessa sexta-feira (22), em Poconé, a 104 km de Cuiabá. A proposta do evento organizado pelo Instituto SOS Pantanal foi discutir os caminhos de valorização da biodiversidade do Pantanal e sustentação das atividades para a conservação do bioma.

P U B L I C I D A D E

O evento reuniu pesquisadores, representantes do poder público e de ONGs, ambientalistas, produtores rurais e profissionais de várias áreas, como biólogos, geógrafos e engenheiros florestais.

De acordo com o diretor-executivo da SOS Pantanal Felipe Augusto Dias, a proposta é construir uma agenda positiva para o Pantanal, reunindo todas as experiências bem-sucedidas que já foram realizadas e criando novos caminhos para a sustentação de atividades que promovam a proteção dessa região.

O advogado e consultor ambiental Flávio Ojidos afirmou que o desafio é criar alternativas para gerar recursos com a natureza, garantindo a sustentabilidade financeira das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN).

Em uma pesquisa de mestrado, ele reuniu cerca de 30 possibilidades de gerar renda em uma área particular de conservação, sem que haja degradação.

Ainda segundo ele, o desafio para proprietários de áreas rurais é ter condições de pagar a conta da preservação.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Walfrido Moraes Tomas, defendeu a questão da compensação ambiental como uma oportunidade para quem tem terras no Pantanal.

A discussão também apresentou propostas que possibilitem a união entre ambientalistas e ruralistas de forma que as atividades econômicas possam ser realizadas sem que haja degradação do bioma.

Atividades econômicas no Pantanal

O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta e um dos maiores reservatórios de água doce do Brasil. O bioma tem uma biodiversidade única e o uso da terra e dos recursos naturais é restrito. A pecuária extensiva é a atividade econômica mais comum na região há pelo menos 200 anos. O impacto desse tipo de pecuária é considerado pequeno. O que preocupa os estudiosos é o avanço de culturas, como a soja, que poderia trazer sérios riscos ambientais.

Outra grande fonte de renda é o turismo, que atrai visitantes de várias partes do mundo, interessados em conhecer a fauna e a flora pantaneiras.

A Carta Caiman

A primeira edição da Carta Caiman, realizada em 2016, no Pantanal de Miranda (MS), foi um marco para estabelecer os temas-chaves para a proteção do bioma. Na ocasião, foram firmados compromissos referentes a cinco temas principais: a Lei do Pantanal, os econegócios na planície e planalto, o plantio de monoculturas, o pagamento por serviços ambientais – PSA, e as ações para assegurar o modelo de conservação da Reserva da Biosfera.

O Segundo Encontro da Carta Caiman, realizado em 2017, abriu uma porta de diálogo entre os atores que efetivamente vivem na região em prol do uso e da proteção do Pantanal. Entre os avanços, a retomada dos comitês estaduais para a assegurar o modelo de proteção ambiental da Reserva da Biosfera, título que o Pantanal estava para perder em 2016.

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