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Condenado a mais de 13 anos, preso passa no 2º lugar em agronomia no interior do Acre


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Mulher do preso diz que levava livros para ele ler na prisão. Preso aguarda liberação da Justiça para frequentar as aulas.

P U B L I C I D A D E

Condenado a mais de 13 anos de prisão por ter tido uma filha com uma adolescente de 14 anos,o detento Jonatan de Souza, de 28 anos, conseguiu passar em 2º lugar no curso de agronomia na Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul. Ele cumpre a pena no presídio Manoel Néri da Silva e essa foi a segunda vez que fez a prova.

Mesmo tendo o relacionamento com a menina, Souza foi condenado por estupro, porque ter relação sexual com menores de 14 anos é considerado crime.

No fim do ano passado, ele fez Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e foi convocado na primeira chamada do Sisu para o curso de agronomia. Ele já tinha tentado uma vez ingressar na Ufac, mas só agora atingiu uma média de pontos suficiente para conquistar uma vaga.

A esposa dele, Jaqueline Coimbra, na primeira vez ele não atingiu média suficiente, mas, dessa vez, o preso conseguiu uma média de 600 pontos.

Com essa nota, ele foi aprovado na primeira chamada ficando em segundo lugar no curso de Agronomia nas vagas de ampla concorrência. A mulher conta que o marido sempre teve uma inteligência acima da média e gosta muito de ler.

“Ele sempre estudou em escola pública e já frequentou a faculdade de ciências contábeis, mas não concluiu. Ele sempre foi muito inteligente e sempre leu muito. É tanto que, quando ele foi preso eu levava muito livro para ele ler”, disse Jaqueline.

Souza já providenciou a matrícula e, para frequentar as aulas, que começam em março, depende de uma autorização da Vara de Execuções Penais. De acordo com a especialista em execuções penais da penitenciária, Vanila Pinheiro, a solicitação para liberação do preso para os estudos já foi feita.

“Uma vez que ele está em regime fechado, é preciso essa liberação para estudo. Temos mais dois que estão em regime fechado e que já passaram em edições anteriores do Enem e estão em monitoramento. Eles passam o dia na Ufac, monitorados por tornozeleiras eletrônicas, e à noite e nos finais de semana retornam ao presídio”, explica Vanila.

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