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Medicina

Como saber se o bebê tem problema de visão?


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A visão é extremamente importante para o desenvolvimento dos bebês. É através dela que as crianças descobrem o mundo ao seu redor e aprendem a realizar todo tipo de ação. Mas como saber se o pequeno está enxergando adequadamente, se ele ainda não fala ou sequer compreende esse sentido?

P U B L I C I D A D E

Em geral, podemos desconfiar de problemas visuais em bebês que não fazem contato visual nos primeiros dois meses de vida; que não apresentam sorriso social ou percepção das próprias mãos aos 3 meses; que não pegam brinquedos aos 6 meses; ou que não reconhecem rostos e expressões aos 11 meses. Se houver qualquer suspeita, o bebê deve ser encaminhado imediatamente ao oftalmologista.

Porém, antes desses possíveis sinais, qualquer condição que afete a visão do bebê pode ser identificada logo após o nascimento. Isso porque, hoje em dia, existe o teste do reflexo vermelho (TRV), também chamado de teste do olhinho, que deve ser realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida da criança – ou até antes da alta da maternidade.

O que é o teste do reflexo vermelho?

Totalmente indolor, este exame é realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, que emite um feixe de luz que é refletido pela retina e sai do olho através da pupila. Essa luz é laranja-avermelhada, refletindo a cor da retina normal, e significa que as principais estruturas internas do olho (córnea, câmara anterior, íris, pupila, cristalino, humor vítreo e retina) estão transparentes, permitindo que a retina seja atingida de forma normal.

Existem três interpretações para esse exame: presente, ausente ou duvidoso. O reflexo vermelho está ausente, ou branco (com leucocoria), quando há uma anormalidade no olho que impede a luz de chegar à retina e ser refletida. Quando ausente ou duvidoso, é solicitado a avaliação de um oftalmologista que realizará um exame mais completo, com o uso de colírios para dilatar a pupila.

Assim, o TRV é considerado um teste de triagem, que serve para detectar doenças como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma (que é um tumor ocular), retinopatia da prematuridade, inflamações intraoculares e descolamento de retina. Com o diagnóstico precoce da maioria dessas doenças, é possível seguir um tratamento apropriado a tempo de se evitar ou minimizar a deficiência visual – e, no caso do retinoblastoma, diminuir o risco de vida do bebê.

O TRV deve ser repetido pelo pediatra durante as consultas de puericultura, pelo menos três vezes ao ano, durante os primeiros 3 anos de vida. Além disso, muitos médicos acreditam que só esse exame basta para saber que está tudo bem com a visão do bebê, mas isso não é verdade. É imprescindível que se façam as consultas de rotina com o oftalmologista, conforme a recomendação.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o bebê passe em sua primeira consulta com o oftalmologista dos 6 meses até 1 ano de idade. Sugere também que seja feita uma nova consulta entre 3 e 5 anos – preferencialmente aos 3 anos, período em que há um grande crescimento das crianças e problemas oculares podem surgir.

Por isso, vale reforçar: o diagnóstico precoce é essencial para um bom prognóstico. Com um bom acompanhamento médico, conseguimos detectar as alterações nos olhinhos e permitir que as crianças se desenvolvam plenamente!

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